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Estado de Minas

Bispo de cidade atingida pela lama diz que há proposta de indenização em troca de ação na Justiça

Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias, denunciou a situação no trecho capixaba do rio, como efeito do rompimento da Barragem do Fundão


postado em 11/11/2016 06:00 / atualizado em 11/11/2016 08:18

Novos dramas para as famílias que vivem às margens do Rio Doce. O bispo de Colatina (ES), dom Joaquim Wladimir Lopes Dias, denunciou ontem, em BH, a situação  no trecho capixaba do rio, como efeito do rompimento da Barragem do Fundão, da Samarco, em Mariana, em 5 de de novembro de 2015. Dom Wladimir afirmou que a mineradora fez uma proposta a famílias atingidas pela degradação do Doce em Colatina, Linhares e Baixo Guandu. “Oferecem R$ 880 para que cada um não entre na na Justiça contra a empresa. A pessoa deve apresentar CPF e assinar um documento. São cerca de 1 mil pessoas e, certamente, pensam que o valor total de R$ 880 mil vai resolver o problema”, disse o bispo.

Ele destacou que a quantia estimada para recuperar nascentes e limpar o rio é de R$ 2 bilhões por mês, durante 10 anos, “embora muitos falem que serão necessários até R$ 200 bilhões”. Ele acrescentou que a situação nos municípios atingidos é cada vez mais dramática. “A destruição do Rio Doce acabou com a vida e o trabalho dos pescadores e comunidades ribeirinhas. Há muita gente em depressão, outras tentaram suicídio, sem falar nas drogas, que estão dominando as famílias”, lamentou.

A Fundação Renova, criada depois de entendimento entre a Samarco, acionistas e governos federal, de Minas e do Espírito Santo, informou que “o Programa de Indenização Mediada foi criado para ressarcir os impactados de maneira ágil, em comum acordo e sem os trâmites e custos judiciais. É aberto a pessoas, famílias, micro e pequenas empresas que tenham sofrido perdas materiais ou referentes às suas atividades econômicas, em consequência direta e imediata do rompimento. A adesão é voluntária e gratuita.”

Disse também que, “neste primeiro momento, o programa cadastra pessoas afetadas pela interrupção no abastecimento de água. Considerando o tempo em que a cidade ficou sem água, é feita avaliação do valor médio das contas de água da população.

TREMOR NA BARRAGEM
Um tremor, considerado de baixa magnitude, foi registrado no complexo de Germano, da Samarco, em Mariana, três dias antes de a tragédia ambiental consequente do rompimento da Barragem de Fundão completar um ano. Ontem, por meio de nota, a mineradora confirmou que, no último dia 2, foi registrado o abalo no acelerômetro instalado na área das barragens. E, como parte de seu protocolo de segurança, a empresa evacuou por cerca de uma hora os espaços internos próximos ao ponto do tremor e realizou inspeção visual de todas as estruturas. Depois da checagem, os trabalhadores da empresa retomaram normalmente suas atividades.


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