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Estado de Minas

Igreja prepara missa para 127 refugiados sírios que vivem em BH

Cerimônia acontece no domingo. Celebração na Serra da Piedade ontem reuniu patriarca da Igreja Católica Siríaca, o arcebispo de Homs e dom Walmor Oliveira de Azevedo


postado em 02/11/2016 06:00 / atualizado em 02/11/2016 08:49

Dom Walmor Oliveira de Azevedo (C) entre o patriarca da Igreja Siríaca e o arcebispo de Homs (Síria): missa pregou união(foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
Dom Walmor Oliveira de Azevedo (C) entre o patriarca da Igreja Siríaca e o arcebispo de Homs (Síria): missa pregou união (foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
Vozes unidas em oração pela paz no mundo, acolhimento dos refugiados e união dos povos. O topo da Serra da Piedade, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi palco, na tarde de ontem, de um encontro entre a principal autoridade da Igreja Católica Siríaca, o patriarca Inácio José Terceiro Younan, sírio residente em Beirute, no Líbano, o arcebispo de Homs, na Síria, Philippe Barakat, e o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, também responsável pelos fiéis do Rito Oriental no Brasil, dom Walmor Oliveira de Azevedo. Os três celebraram missa, às 15h, na ermida, e antes o patriarca disse que conquistar a paz não é fácil, sendo necessário que “todos trabalhem juntos e haja menos oportunismo econômico”.


Ontem, quando os católicos celebraram o Dia de Todos os Santos, o patriarca afirmou que a data trazia lembranças tristes, pois há seis anos, em 31 de outubro de 2010, houve um massacre na Catedral de Bagdá, no Iraque. “Era um domingo, quando terroristas invadiram o espaço, mataram 48 pessoas e deixaram 80 feridos. Havia padres no altar celebrando a missa e outros no confessionário, quando a catedral explodiu”, lembrou o patriarca. Ele considerou oportuno falar do assunto, principalmente por estar na ermida de Nossa Senhora da Piedade, onde está a imagem da “mater dolorosa” com o filho Jesus morto nos braços.

Neste domingo, o patriarca e o arcebispo de Homs – uma das cidades sírias mais atingidas pela guerra civil que já matou mais de 400 mil pessoas – vão ter um encontro com os 127 refugiados daquele país que vivem em Belo Horizonte. A missão, uma das mais importantes dos dois no Brasil, será cumprida às 11h, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, na Avenida Alfredo Balena, na Região Hospitalar, e com presença do titular da paróquia, padre George Rateb Massis, natural da Síria. O arcebispo Philippe Barakat conhece bem de perto os horrores do conflito, já que teve a sede da Cúria transformada em escombros pelos bombardeios e foi obrigado a se transferir provisoriamente para uma aldeia perto de Zaidal.

Padre George destacou o apoio da Arquidiocese de Belo Horizonte, que, em 2012 e 2013, fez campanha para ajuda humanitária às vítimas do confronto que ocorre no Oriente Médio. “Agora, todos os esforços estão concentrados na ajuda aos refugiados que vivem em BH”, disse o pároco. Durante a missa na ermida, dom Walmor disse que a celebração significava comunhão profunda, amizade na fé e reverência entre as igrejas do Oriente e Ocidente. “Estamos unidos num coração só para celebrar a Eucaristia”, afirmou.

Comunhão com Vaticano


A Igreja Católica Siríaca, sediada em Beirute, é uma instituição autônoma, mas em comunhão com o Vaticano desde 1781. O seu rito litúrgico pertence à tradição siríaca de Antioquia, cidade antiga erguida na margem esquerda do Rio Orientes, onde hoje é a moderna cidade de Antáquia, na Turquia. Os idiomas litúrgicos são o siríaco (dialeto do aramaico médio), o árabe, o aramaico, o inglês e o francês. Atualmente, a Igreja Católica Siríaca congrega 130 mil fiéis.


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