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Estado de Minas

Conselho Municipal de Saúde vai ao MP contra retirada de capivaras da Pampulha

Integrantes da instituição são contra a decisão da Justiça Federal que obriga o isolamento dos animais


postado em 18/10/2016 15:19 / atualizado em 18/10/2016 21:23

Justiça determinou retirada das capivaras do entorno da Lagoa da Pampulha(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Justiça determinou retirada das capivaras do entorno da Lagoa da Pampulha (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

O Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte (CMS-BH) vai pedir auxílio ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para intervir contra a retirada das capivaras no entorno da Lagoa da Pampulha. Os integrantes da instituição discordam da decisão do desembargador federal Souza Prudente, da 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), de Brasília, que exigiu o isolamento dos animais. Para o conselho, a medida não vai resolver o problema da infestação dos carrapatos-estrela, transmissores da febre maculosa.

A decisão de acionar o MPMG foi discutida nesta terça-feira, durante reunião da Câmara Técnica Saneamento e Políticas Intersetoriais do conselho. Estiveram presentes representantes das secretarias municipais de Saúde e do Meio Ambiente, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e integrantes do Conselho Estadual de Saúde.

O conselho municipal pretende pedir ajuda para o MPMG devido ao posicionamento da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) de acatar a decisão de retirar as capivaras. Na segunda-feira, a administração municipal finalizou o termo de referência para contratação da empresa que fará o confinamento e manejo dos animais da Lagoa da Pampulha. No entanto, o município informou que ainda não tem data prevista para o recolhimento dos roedores.

“O Termo de Referência para contratação de empresa que fará tal procedimento já está finalizado. Vale lembrar que essa ação é uma proposta da PBH e não estamos sendo obrigados, judicialmente, a realizar. Essa ação, inclusive, foi a que realizamos anteriormente, mas que a Justiça mandou soltar os animais”, informou a PBH.

O Conselho Municipal de Saúde é contra a medida. O grupo defende o manejo ético dos animais que, segundo os integrantes, passa por um plano de manejo dos animais hospedeiros do carrapato-estrela e não pela eliminação ou retirada das capivaras. Para eles, a saída dos roedores pode fazer com que os carrapatos procurem outros hospedeiros, como cães, gatos e o próprio homem.

Na reunião deste terça-feira, também foi feito um encaminhamento para a realização de um seminário sobre as estratégias de controle e combate da febre maculosa. O encontro foi marcado para depois de 30 de novembro. A intenção é que o futuro prefeito de Belo Horizonte, que já estará escolhido, participe da discussão.

O conselho também cobra a participação da associação de moradores do Bairro Bandeirantes, na Pampulha, que teve o pedido de retirada das capivaras aceito pelo desembargador. Segundo o grupo, a associação foi convidada a participar da reunião, mas não compareceu.

 

(RG)


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