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Estado de Minas

Ipês-amarelos colorem as ruas e praças de BH

Moradores e turistas se encantam com o colorido das flores, que ajudam a aliviar o estresse do cotidiano


postado em 28/08/2016 06:00 / atualizado em 28/08/2016 08:01

Amarelo em contraste com a lagoa deixa o conjunto arquitetônico da Pampulha, do qual faz parte a igrejinha de São Francisco, ainda mais bonito(foto: Beto Novaes/EM/DA PRESS)
Amarelo em contraste com a lagoa deixa o conjunto arquitetônico da Pampulha, do qual faz parte a igrejinha de São Francisco, ainda mais bonito (foto: Beto Novaes/EM/DA PRESS)
A família Bejerano retornou a Israel, onde mora em Telavive, mas antes de partir resolveu fazer uma despedida em alto estilo: fotografar um ipê-amarelo na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Na tarde quente, o engenheiro de computação Itamar e os filhos Gabriela, de 14 anos, e Rafael, de 10, encheram os olhos com o exemplar existente bem em frente ao Edifício Niemeyer. Mesmo já perdendo as flores, “a árvore símbolo do Brasil” mantém a beleza e elegância, criando um tapete sobre a grama com as pétalas que giram no ar, como piorras, e vão caindo.


De celular a postos, Gabriela, nascida em Israel, registrou a florada tão típica deste mês e que enfeita praças, ruas, jardins e matas nos arredores da capital. “O ipê é muito bonito. Vamos levar boas lembranças”, contou a adolescente, que volta para casa com os pais depois de dois meses na capital, onde vivem os parentes do lado materno. “Todo ano a gente vem aqui”, disse Gabriela. O irmão Rafael, nascido no Brasil, também gostou da despedida “verde e amarela”.


Não muito longe dali, já na Avenida João Pinheiro, as amigas Daniela Resende, de 23, moradora do Bairro Bonfim, na Região Noroeste, e Laura Freitas, de 27, advogada, residente no Santo Antônio, na Centro-Sul, se encantavam com um exemplar mais frondoso. “O ipê-amarelo é minha árvore preferida. Fico alucinada quando vai chegando agosto. Da janela da minha casa não me canso de admirar um lá no Barro Preto. Fico horas observando, congelada...”, afirmou. Laura recolheu algumas flores da calçada e disse que a importância urbana das árvores vai além da beleza. “Elas têm um papel ambiental importante, valorizam as cidades, atraem pássaros”.

Na Praça da Liberdade, as árvores dão mais brilho ao cartão postal de BH(foto: Beto Novaes/EM/DA PRESS)
Na Praça da Liberdade, as árvores dão mais brilho ao cartão postal de BH (foto: Beto Novaes/EM/DA PRESS)
Itamar e os filhos Rafael e Gabriel retornaram a Israel com belas lembranças(foto: Beto Novaes/EM/DA PRESS)
Itamar e os filhos Rafael e Gabriel retornaram a Israel com belas lembranças (foto: Beto Novaes/EM/DA PRESS)
FLORAÇÃO Em todos os cantos de BH, a temporada anual dos ipês-amarelos dá o ar da sua graça. Nos bairros Centro e Sagrada Família (Leste) e na Região da Pampulha há exemplares que reluzem sob o sol e enchem de orgulho os moradores, cientes da importância da flora urbana para humanizar a cidade, reduzir o estresse e colorir o cotidiano. João Renato Stehmann, professor do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que houve, este ano, um intervalo maior entre a floração dos tipos roxo e rosa devido a alguns dias de chuva no início de junho.


Na João Pinheiro, Daniela e Laura se encantaram com o tom das flores(foto: Beto Novaes/EM/DA PRESS)
Na João Pinheiro, Daniela e Laura se encantaram com o tom das flores (foto: Beto Novaes/EM/DA PRESS)
“Agora está explodindo a floração do amarelo, mas é bom lembrar que as sementes só serão liberadas na natureza quando houver chuva”, explica Stehmann. Como não há ainda previsão de águas para os próximos dias, é possível que esse espetáculo da natureza continue em cartaz até o fim do mês. O botânico acrescenta que na capital há três espécies do amarelo: o de porte menor, plantado geralmente nos passeios, sob a rede elétrica, o ipê-do-cerrado, presente nas matas no entorno, de galhos mais retorcidos, e o de flores mais claras, típico das matas de transição.


Em Minas, há 20 espécies diferentes, com incidência dos amarelos, rosa, branco e roxo em BH, sendo o branco o de floração mais efêmera, segundo o botânico.


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