
“O contrato prevê um prazo de 18 meses depois da entrega do terreno. A prefeitura investiu mais de R$ 40 milhões em desapropriações e remoções, com 287 construções, e isso levou muito mais tempo do que nós esperávamos. Inclusive, nós temos três ainda na Justiça após a liberação do terreno”, disse Lacerda, ressaltando que as pendências judiciais não representam obstáculos físicos no caminho da obra, mas sim questionamentos de moradores que já tiveram seus imóveis demolidos.
Atualmente, a população ainda percebe no local a presença de três áreas cercadas distintas, divididas pela Rua Jacuí e pela alça de ligação da Via 240 com o Bairro São Gabriel. Segundo o Consórcio SPE Terminal BH, essa perna da Rua Jacuí será removida do local e colocada do outro lado da rodoviária. Dessa forma, será possível fazer a conexão dos três terrenos em uma única área. A obra prevê 70 mil metros quadrados de estrutura, incluindo o sistema viário a ser implantado para a nova realidade da região. Só o terminal terá 27,9 mil metros quadrados de construção e será distribuído em dois pavimentos. Serão 41 plataformas para embarque e desembarque, com possibilidade de expansão para 56.
Segundo o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, a configuração das plataformas é um diferencial em relação ao atual terminal rodoviário, porque vai permitir a flexibilização das áreas conforme a demanda. “Nós teremos condição de aumentar no embarque no momento das saídas de Belo Horizonte e aumentar no desembarque na hora da chegada. Hoje, isso não é possível no Centro”, afirma.
O diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas, disse que a previsão de início do funcionamento do terminal leva em consideração a atual configuração do Anel Rodoviário, que ainda não tem perspectiva de uma revitalização esperada há anos em BH. Segundo a BHTrans, a área da construção da nova rodoviária foi entregue ao consórcio em 29 de janeiro. Isso significa que a obra tem que ser inaugurada até o fim de agosto de 2017.
