
Em Januária foi preso Edvar Henrique Guimarães Júnior, de 34 anos, que, de acordo com a PF, era o representante da quadrilha na região. Ele é um velho conhecido da polícia pelo envolvimento com o tráfico de entorpecentes: foi preso pela primeira vez em 2006. Atualmente, cumpria pena em regime semiaberto em Januária e, mesmo assim, segundo as investigações, continuava distribuindo drogas no Norte de Minas e no Espírito Santo. As investigações também apontam uma rápida evolução patrimonial de Edvar. Segundo a PF, ele fazia o transporte de cocaína em três caminhões baú que teria comprado com este objetivo.
Em Anapólis, interior de Goiás, foram presos Cícero da Silva, de 59, e o filho dele, Geovane de Souza Silva, de 32. Também foi expedido mandado de prisão contra Aliandro Loyola Pinheiro,apontado como um traficante de alta periculosidade no Espírito Santo, que já estava preso em Vila Velha desde junho do ano passado. Foram expedidos mandados de prisão contra dois integrantes do bando em Goiás, que estão foragidos.
Conforme o delegado Thiago Garcia Amorim, da delegacia da PF em Montes Claros, as investigações foram iniciadas em dezembro de 2014, quando foram apreendido R$ 100 mil em um carro na BR-135. Durante a apuração, foi descoberto que o montante e o veículo apreendidos pertenciam à quadrilha do tráfico de drogas que atuava em Rondônia, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo. Na ocasião, tinha sido feita a entrega de 37 quilos de cocaína na região.

Segundo o delegado da PF, a droga era transportada de Rondônia para Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo por terra, escondida em caminhões-baú. Conforme o policial, durante o período de um ano e meio de investigações, por duas ou três vezes, a quadrilha fez o transporte de drogas pelo ar, recorrendo a um avião que teria sido alugado. As investigações revelam que os crimininosos estava se aparelhando mais ainda, com a negociação da compra de um avião no Maranhão. O avião, um modelo Cessna, orçado entre R$ 300 mil e R$ 500 mil, tem capacidade para transportar até 300 quilos de droga, com autonomia de pelo menos três horas de voo. O negócio não foi concretizado
