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Estado de Minas

Reparo em tubulação de gás na Savassi levou quase quatro horas

Vazamento de gás obriga Corpo de Bombeiros a interditar quarteirão. Cheiro e barulho assustam moradores. Escola de Arquitetura evacuou prédio


postado em 07/07/2016 06:00 / atualizado em 07/07/2016 08:04

Técnicos trabalham na área do vazamento, cuja contenção exigiu que o asfalto fosse aberto para a realização de pinçamento na tubulação(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Técnicos trabalham na área do vazamento, cuja contenção exigiu que o asfalto fosse aberto para a realização de pinçamento na tubulação (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)

Durante mais de três horas, um vazamento de gás numa tubulação da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) assustou quem passava pela Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O quarteirão da Rua Rio Grande do Norte permaneceu interditado o tempo todo pelo Corpo de Bombeiros, entre as ruas Rio Grande do Norte e Paraíba. Muitos moradores foram impedidos de passar com seus veículos. Segundo a Gasmig, uma empresa terceirizada fazia uma reparação na rede e a retroescavadeira atingiu o gasoduto, provocando o vazamento. O barulho do gás escapando dava para ser ouvido a distância e cheiro forte causou náuseas em algumas pessoas. Ninguém se feriu.

Para conter o vazamento, técnicos da Gasmig foram obrigados a abrir o asfalto na esquina da Rio Grande do Norte com Paraíba e realizar o procedimento conhecido como pinçamento da tubulação. O cano em polietileno de 63 milímetros de diâmetro foi comprimido para que os técnicos pudessem reparar o dano na tubulação onde houve o vazamento, trabalho que somente terminou por volta das 19h. O fornecimento de gás na região não foi prejudicado, segundo a Gasmig.

O gerente de manutenção da empresa, Isaías Carlos de Azevedo, acalmou a todos dizendo que não havia risco de explosão. “O gás natural é mais leve que o ar e o gás de cozinha normal e se dissipa mais facilmente na atmosfera. O local do vazamento é aberto e ventilado e não há risco de intoxicação”, garantiu.

Mesmo assim, o diretor da Escola de Arquitetura da UFMG, Frederico de Paula Tófani, mandou evacuar o prédio e suspendeu uma palestra. O receio dele é que o prédio que havia sido deixado aberto na correria pudesse acumular o gás no interior dos cômodos. “Queremos ter a certeza de que alunos e funcionários poderão retornar com segurança”, disse.

Ver galeria . 7 Fotos Corpo de Bombeiros isolou quarteirão onde o incidente aconteceuGladyston Rodrigues/EM/D.A.Press
Corpo de Bombeiros isolou quarteirão onde o incidente aconteceu (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press )
O motorista de uma betoneira, Antônio Alexandre Lisboa, conta que presenciou quando a retroescavadeira atingiu o gasoduto. Foi por volta das 15h30, segundo ele. Por segurança, ele foi orientado a desligar o caminhão e deixar o local, o que causou prejuízos. “O balão da betoneira que movimenta o concreto ficou parado e o material perdeu a validade. Depois de três horas e meia, o concreto perde a validade se não ficar girando”, reclamou Antônio.

Muitos moradores da rua e hóspedes de um hotel ficaram assustados com o barulho do gás vazando e o cheiro forte. A funcionária pública aposentada Rosemary Lisboa conta que mora no primeiro andar de um prédio em frente e que se assustou com o barulho. “A funcionária da portaria me disse que era vazamento de gás e como o cheiro estava muito forte e corri para a rua. Não tive coragem de ficar dentro de casa”, disse ela. Ela conta que já estava sentido cheiro de gás desde as 14h. A Gasmig confirmou que a retroescavadeira que atingiu o gasoduto fazia uma reparação no local.

Gerente de um hotel, Guilherme Sanson ficou revoltado com a falta de informações por parte da Gasmig. “Disseram que não há necessidade de evacuar o hotel, mas orientei a todos a não fumar. Esse país é uma vergonha. Não tem nenhum responsável para falar esclarecer o que está acontecendo de verdade”, reclamou o gerente.

Com medo de explosão, alguns motoristas preferiram arrastar seus veículos até um local distante para ligar o motor, seguindo orientação dos bombeiros, apesar da garantia da Gasmig de que não haveria risco de incêndio.

Vídeo mostra técnicos trabalhando no local


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