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Estado de Minas

Implantação de ciclovia no Anchieta divide moradores do bairro

Parte da população acredita que vias estreitas da região são inapropriadas para adoção de faixa exclusiva para bicicletas. Para outros, medida pode reduzir carros nas ruas


postado em 02/06/2016 06:00 / atualizado em 02/06/2016 07:44

Rua Francisco Deslandes é alvo do projeto de implantação de faixa exclusiva para bikes(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A PRESS)
Rua Francisco Deslandes é alvo do projeto de implantação de faixa exclusiva para bikes (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A PRESS)
A implantação de ciclovia no Bairro Anchieta, na Região Centro-Sul, divide a opinião de moradores e comerciantes. Parte do Projeto de Lei 1.897/2016, de autoria da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a proposta prevê a implantação das faixas exclusivas para bicicletas nas ruas Francisco Deslandes (em toda a sua extensão) e Passatempo (trecho entre Rua Francisco Deslandes e Avenida Nossa Senhora do Carmo).


De acordo com o presidente da Associação dos Moradores do Anchieta (Amoran), Paulo Omar Nascimento Pereira, a ciclovia faz parte da operação urbana simplificada que envolve a expansão do Anchieta Garden Shopping. A proposta de implantação da ciclovia será discutida hoje, às 19h, em assembleia convocada pela Amoran. “O bairro não tem estrutura: as ruas são estreitas, a maior parte dos moradores é de terceira idade e pouca gente anda de bicicleta”, afirmou. De acordo com o shopping, as contrapartidas foram definidas pela Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano (Smapu) e foram discutidas em audiência pública com a comunidade local. As obras serão custeadas pelo shopping.

Paulo afirmou que há outras intervenções mais urgentes no bairro, como melhoria na iluminação e nos abrigos nos pontos de ônibus e acessibilidade nos passeios. Segundo ele, na audiência pública, em 9 de dezembro, os moradores se posicionaram contrários à implantação da ciclovia. Na avaliação do presidente, as faixas deixarão o trânsito no bairro mais caótico. “O comércio amarga prejuízo e a ciclovia vai dificultar ainda mais.” A reportagem flagrou carros estacionados em toda a extensão da Rua Francisco Deslandes, inclusive em locais proibidos, pontos de ônibus e em vagas reservadas a cadeirantes.

Entre os moradores contrários está a administradora Emília Vasconcellos, de 38 anos, que faz ressalvas à ciclovia. Para ela, é preciso saber qual o trajeto contemplado e também avaliar se há demanda. “A ciclovia vai de onde até onde? Tenho dúvida se teríamos fluxo de ciclistas”, pondera. Para a aposentada Ady Álves Evangelista, de 83, as ruas do bairro não comportam uma ciclovia. “É uma estupidez tirar um pedaço dessa rua (Francisco Deslandes) que já é tão estreita. Não tem espaço. É uma proposta a que falta bom senso”, diz.

A comerciante Marilaynne Rabelo, proprietária de loja na Francisco Deslandes, não acredita que a ciclovia atrapalhe o comércio. “A ciclovia não vai trazer ou tirar cliente. A maioria da nossa clientela é do bairro. São pessoas que costumam fazer as compras a pé”, pondera. Ela aponta que a possibilidade de usar a bicicleta como meio de transporte pode desafogar o trânsito.”Hoje é praticamente impossível encontrar uma vaga. Quem sabe, com a ciclovia as pessoas larguem o carro? Isso pode ajudar o trânsito fluir”. A proposta também é aprovada pela pedagoga Renata Moura, de 42, e a estudante Júlia Borges, de 18. “Pratico esporte e ando muito de bicicleta”, diz Renata.

O Anchieta Garden Shopping informou que o projeto de expansão do empreendimento tem como “objetivo integrá-lo ainda mais ao bairro, estimulando e facilitando o acesso dos moradores por vários pontos, prevê o aumento do potencial construtivo do empreendimento em 13%, com a ampliação da área privativa destinada às lojas e redução na área de vazios/pátios centrais”.

 A assessoria da PBH informou que não comenta projetos que estejam tramitando na Câmara Municipal. A BHTrans disse que, no momento, o projeto não é objeto de estudo.

Licenciamento de veículos é prorrogado

Um problema na emissão e envelopamento dos Certificados de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV) fez a Polícia Civil prorrogar o prazo de licenciamento dos veículos com placas finais 1,2,3,4, e 5, para 15 de junho. A data inicial para os motoristas portarem os documentos atualizados seria hoje. O prazo de licenciamento dos veículos com número final da placa 6, 7, 8, 9 e 0 continua sendo 30 de junho.

Segundo o Detran-MG o problema ocorreu na companhia responsável pelos processamentos de dados. Os documentos serão enviados por meio dos Correios aos donos dos veículos que não têm débitos ou pendências cadastrais. Proprietários que efetuaram todos os pagamentos devidos até a data limite, ou seja, 31 de março, e ainda não receberam o CRLV 2016, deverão consultar a situação do veículo.

Já as pessoas que efetuaram todos os pagamentos devidos, porém fora do prazo, ou seja, em data posterior a 31 de março, eventualmente poderão sofrer atrasos no recebimento. Os que fizeram o pagamento mas tem multa em aberto ou endereço do veículo desatualizado, não receberão os documentos.

Quem for pego em blitz sem a documentação após o vencimento estará sujeito à aplicação de multa de R$ 191,54, sete pontos na carteira e, ainda, à medida administrativa de remoção do veículo. Extratos bancários não são documentos válidos para apresentação durante uma blitz, sendo obrigatória a apresentação do CRLV de 2016. Anualmente, os proprietários de veículos devem renovar o documento para circular, pagando o IPVA, Seguro Obrigatório e Licenciamento.

 

 


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