As universidades (UFMG, PUC Minas e Fumec) também figuram entre os primeiros destinos de onde partem as corridas pedidas pelo aplicativo. Os três maiores shoppings da capital (Pátio Savassi, Diamond Mall e BH Shopping) também registram alta demanda pelo serviço. Os dados foram coletados a pedido do Estado de Minas.
O motorista Carlos Caetano, de 54 anos, encontrou um filão na UFMG, onde costuma pegar boa parte de seus clientes. “As chamadas são muito rápidas. São alunos, professores e pais que solicitam o serviço. É só chegar no câmpus para o aplicativo avisar a corrida”, diz. Ele lembra que a procura se intensifica a partir da quinta-feira e ocorre nos horários de entrada ou saída dos turnos das aulas, principalmente à noite. “Eventualmente, aparece alguém que deixa uma aula. Todas as vezes que paro no câmpus tenho sucesso”, ressalta. Os estudantes, não somente os universitários, formam público representativo do Uber. “Muitos pais nos ligam para levarmos os filhos para a escola”, pontua.
O diretor de comunicação do Uber, Fábio Sabba, informou que a pesquisa dos principais destinos foi realizada a partir de bancos de dados próprio, uma vez que as corridas são monitoradas por GPS. “É possível rastrear o começo e o fim de todas as corridas. Tudo isso é feito de maneira anônima sem identificarmos os passageiros”, afirma. Fábio considera que as pessoas que optam pelo Uber também costumam fazer uso do transporte público e de caronas solidárias de maneira complementar.
“Observamos que muitas corridas começam ou terminam na universidade, o que nos permite avaliar que o passageiro vai de ônibus e volta de Uber ou o contrário vai de carona e volta para casa de Uber.” O aplicativo não informou o número de corridas.
Tecnologia Segundo o diretor do Uber, os principais destinos também demonstram que o usuário do serviço é conectado à tecnologia. “É uma geração que já nasceu com o celular, que usa um botão para pedir comida ou para comprar no e-commerce”, diz. Ele reforça, porém, que o aplicativo também permite o uso de pessoas que têm pouca desenvoltura com a tecnologia.
É o caso da estudante de engenharia mecânica Ana Carolina Freitas, de 24, que costuma usar o aplicativo para os compromissos sociais. “Chamo quando saio no fim de semana. Faço a opção pelo aplicativo primeiro porque é mais barato e pela comodidade de poder pagar com cartão de crédito.” Ela já usou o aplicativo para ir e voltar de dois dos cinco principais destinos apontados pelo levantamento.
A comodidade e a tarifa também são apontadas pelo revisor de roupas Antônio Eduardo de Oliveira Santos, de 37, como razões que o fazem optar pelo aplicativo. “Costumo chamar para ir a locais muito distantes. Costumo fazer o trajeto entre o Bairro São Geraldo, na Região Leste, e a Região de Venda Nova.” Uma corrida que com o táxi ficaria em R$ 56, ele já conseguiu por R$ 24, quando o trânsito estava sem congestionamentos.
Apesar da aprovação dos usuários, os motoristas do Uber tomam cuidado para evitar confronto com taxistas contrários à liberação dos serviços, por considerá-lo concorrência desleal. Carlos Caetano toma alguns cuidados quando vai ao câmpus da UFMG, como não parar próximo ao ponto de táxi para embarque e desembarque de passageiros.
Ranking das corridas
Veja destinos mais comuns entre usuários do Uber em Belo Horizonte
1- Chalezinho (Estoril)
2 – Mercado das Borboletas (Centro)
3 – Maletta (Centro)
4 – Beb’s Bar (Savassi)
5 – Nosso Botequim (Lourdes)
6 – Universidades – Fumec, UFMG e PUC Minas
7 – Shoppings – Pátio Savassi, Diamond Mall e BH Shopping
Fonte: Uber