De acordo com a Polícia Militar (PM), uma viatura que passava pela Rua 6 viu os suspeitos, armados e usando camisas da Polícia Civil, abordando algumas pessoas no local. Os militares pararam e perguntaram se eles precisavam de apoio, o que os homens negaram. Eles seguiram por mais dois quarteirões e voltaram para o local, mas os homens haviam fugido.
Uma das pessoas abordadas pelos suspeitos foi encontrada nas proximidades e disse que assim que os PMs saíram no local, os homens disseram “Entra no carro rápido, vamos embora” e embarcaram em um Uno vermelho. A informação foi lançada na rede de rádio da polícia e os suspeitos foram localizados.
Ainda de acordo com a PM, um deles chegou a permitir a entrada dos policiais em uma casa que disse ser dele, explicando que os materiais apreendidos estavam lá. Ele explicou que o outro morador era um policial militar. A PM entrou em contato com o homem, que não só não é da polícia, como informou que o suspeito não mora lá desde o fim do ano passado.
Conforme a Polícia Militar, nenhum dos envolvidos no caso é policial civil. Além das camisas, foram apreendidas armas e distintivos da corporação.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que o trio, que tem idades entre 22 e 29 anos, disse que estava fazendo uma ronda pelo bairro para evitar a criminalidade, e que trabalham em uma empresa de segurança particular. O nome não foi informado. Questionados sobre a origem dos uniformes e outros objetos apreendidos, eles disseram ter comprado em diversos lugares e um deles afirma que uma algema foi repassada por um policial militar. O detalhe foi comunicado à corregedoria da PM.
Os suspeitos assinaram Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) por usurpação de função pública e foram liberados até a audiência. Agora, a Polícia Civil investiga se eles praticaram outros crimes. Durante o plantão, nenhuma vítima foi identificada.
OUTROS CASOS Esta ocorrência é pelo menos a terceira envolvendo falsos policiais nos últimos dias. Na noite do último domingo, dois assaltantes com uniformes da PM roubaram as armas dos vigias que trabalhavam em uma unidade do Serviço Social do Comércio (Sesc-MG) no Centro de Belo Horizonte.
Usando camisas com a identificação “Apoio Policial Mundial”, eles disseram ser do Espírito Santo, estavam agindo em todo o Brasil e que naquela semana fariam uma ação em BH.