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Estado de Minas

Grande BH tem ao menos dois casos em apuração de gripe suína

Sete anos depois da pandemia, vírus volta a assustar moradores de Minas. Sul do estado tem suspeita de surto


postado em 07/04/2016 06:00 / atualizado em 07/04/2016 07:32

Sete anos depois da epidemia mundial de gripe H1N1, em 2009, o fantasma volta a apavorar a população, somando nova preocupação às outras doenças relacionadas ao mosquito Aedes aegypti. Este ano, a chamada gripe suína já avançou por 11 estados, registrou 304 casos, matou 71 pessoas no país e tem provocado filas por vacinas na rede particular, que ainda está começando a recebê-las. Boa parte das doses foi desviada para São Paulo, onde o surto se antecipou em relação ao outono. A gripe  vem avançando pelo Sul de Minas, com três casos confirmados da doença e duas mortes, segundo o último balanço do Ministério da Saúde. Porém, há vários casos suspeitos na região.


Embora boa parte das pessoas esteja vacinada contra a influenza desde o ano passado, a doença chega cada vez mais perto de Belo Horizonte, provocando corrida à imunização em clínicas particulares, esgotamento do estoque de álcool gel em farmácias e a troca frenética de mensagens em grupos de WhatsApp, além de cartilhas preventivas nas escolas. Na Grande BH, um comissário de bordo está internado com suspeita de H1N1 no centro de terapia intensiva (CTI) do Hospital Vila da Serra,  em Nova Lima, desde a última quinta-feira. O paciente está com quadro de pneumonia. Segundo familiares, exames constataram a doença, mas a unidade de saúde nega a informação.

A mulher do comissário de bordo foi internada na sexta-feira no Hospital Biocor, na mesma cidade, também com suspeita de H1N1. Familiares do casal informaram ao Estado de Minas que ela aguarda resultado de exames para confirmar a doença.

Uma fonte da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Nova Lima confirma que as amostras do homem foram coletadas na sexta-feira. O material colhido da mulher seguiu somente ontem para o laboratório. Os dois casos, ambos com síndrome respiratória aguda grave, estão sob investigação, mas o resultado dos exames leva de 15 a 20 dias.

CORRIDA À FARMÁCIA Após a divulgação do surto em São Paulo, a demanda por álcool em gel cresceu 83% nas lojas de uma grande rede de farmácias da capital. Segundo o departamento de Marketing, a média de venda por dia saltou de 200 unidades para 1,2 mil. A saída de máscaras de proteção também registrou aumento, bem como o do antiviral indicado para a gripe H1N1, que está esgotado. Cerca de 30% da demanda foi canalizada para outros estados.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)
Ontem, uma fila de dobrar o quarteirão se formou em frente à unidade de vacinação que atende ao Hospital Mater Dei, no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Era um dos poucos postos a manter em dia a oferta de vacinas particulares. “Mais recomendável do que usar a máscara ao buscar o atendimento nos pronto-socorros, o que não faz parte da cultura brasileira, é incentivar o hábito de lavar as mãos. Essa é a grande questão que precisa ser enfatizada sobre o vírus H1N1”, afirma o coordenador de clínica médica do Hospital Mater Dei, Andrés de La Flor, que, na semana que vem, deve se reunir com equipes da unidade para definir medidas como o isolamento de pacientes com suspeita da doença.

De acordo com Paula Távora, diretora médica da clínica de vacinação VacSim, 80% das doses trazidas em março foram encaminhadas para atender à demanda urgente de instituições de saúde de São Paulo e, a partir de hoje, a situação passa a ser regularizada em  BH. “O momento é de cautela. Quem já se vacinou contra a gripe no ano passado está coberto por sete a oito meses e pode aguardar com tranquilidade a chegada das doses da vacina na rede pública. Neste momento de crise, não há necessidade de sacrificar o orçamento para se vacinar em clínicas particulares”, garante.

VACINA Em BH ainda não há casos confirmados de H1N1, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. “Não há nada que justifique ao adiantamento da campanha nacional de vacinação em BH (prevista para ter início em 30 de abril). Durante o ano temos cinco unidades de sentinela, coletando amostras que identifiquem suspeitas de vírus circulando com a síndrome gripal respiratória aguda grave. Ainda não tivemos confirmação na capital”, afirma Jandira Lemos, assessora de Vigilância em Saúde. A previsão é vacinar 665.627 pessoas. Em Minas Gerais, serão distribuídas 5,2 milhões de doses.


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