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Estado de Minas

Em coletiva, presidente do Iate diz que recebeu com surpresa pedido de desapropriação

Luciano Mori afirmou que assinaria um termo de compromisso autorizando a demolição do anexo do clube


postado em 16/02/2016 17:21 / atualizado em 16/02/2016 21:08

No anexo, funciona um estacionamento, um salão de festas, uma academia e um salão de belezas(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
No anexo, funciona um estacionamento, um salão de festas, uma academia e um salão de belezas (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

O presidente do Iate Tênis Clube recebeu com surpresa o pedido da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) de desapropriação do imóvel. A medida foi publicada nesta terça-feira no Diário Oficial do Município (DOM) e atende à necessidade de adequação aos critérios da Unesco para que conceda o título de patrimônio cultural da humanidade à Pampulha. O organismo internacional já indicou não concederá o título se o anexo do clube que destoa do projeto do arquiteto Oscar Niemyer não for demolido.

 

Em entrevista coletiva, Luciano Mori afirmou que assinaria um termo de compromisso nessa segunda-feira autorizando a demolição do anexo do clube. Mesmo assim, vai aguardar a negociação com a PBH. O departamento jurídico também estuda se vai entrar com alguma medida judicial. "Estamos negociando há três anos com a prefeitura, e o Iate nunca pôs qualquer empecilho. Sabemos o que o Icomos (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios) e a Unesco querem, e nós concordamos plenamente com eles", explicou o presidente do clube.

Segundo Mori, o clube assinaria um termo de compromisso concordando com a demolição do anexo, mas queria em troca um novo local, nos perímetros do Iate, para a reconstrução. Ainda de acordo com o presidente, na última reunião com a prefeitura, o secretário municipal de Governo, Vítor Valverde, havia ficado feliz com a decisão do clube. "Queria comemorar. Pegou até na minha mão. Para mim, já estava tudo ok", afirmou.

Questionado sobre o espaço ser irregular e não pertencer ao Iate, Mori disse que o clube foi tombado pelo Iepha em 1984, pelo Iphan, em 1997, e pelo Conselho Celiberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, em 2003. "Se a construçao do anexo foi em 1970, os órgãos governamentais deveriam ter atentado para o fato e visto essa questão", comentou.

Após o pronunciamento, os dirigentes do Iate foram confrontados por sócios do clube sobre os problemas enfrentados. Atualmente, 90 funcionários trabalham no local e são cerca de 1.500 cotas, que representam aproximadamente 6 mil pessoas. "Funcionários estão preocupados, assim como o pessoal da academia (mais de mil pessoas). Noivas com casamentos marcados no salão estão preocupadas com o sonho, que parece ter acabado. Mas nós vamos lutar para que isso não aconteça", declarou Mori. "Para a PBH, o título de patrimônio imaterial da Pampulha é muito importante para esta gestão", completou.


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