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Estado de Minas

Exuberância dos flamboyants dá o tom da primavera nas ruas de BH

Com sua imponência e cores vivas, flamboyants atraem a atenção de moradores e turistas na capital mineira. Segundo a PBH, há cerca de 3,5 mil árvores da espécie espalhadas pela cidade


postado em 28/10/2015 06:00 / atualizado em 28/10/2015 09:00

(foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)

O vermelho vivo domina praças, parques e canteiros centrais das avenidas de Belo Horizonte e dá novo tom à primavera escaldante e recordista em calor. São os flamboyants, de porte elegante e copa frondosa, que reluzem sob o sol e também se apresentam com flores alaranjadas e amareladas, num espetáculo da natureza que só recebe aplausos dos moradores e visitantes. “Estou impressionada com a beleza dessas árvores. Não vejo em São Paulo, mas sei que em Mato Grosso, onde tenho parentes, há muitas delas”, contou, na tarde de ontem, a pesquisadora Eunice Alves Paulino, residente na capital paulista, enquanto admirava, sentada num banco, a florada flamejante na Praça Floriano Peixoto, no Bairro Santa Efigênia, na Região Leste.


“Dizem que 'chamo chuva'. Então, estou aqui esperando a água chegar”, comentou Eunice, que, por enquanto, só pôde mesmo desfrutar de uma ventania com muitas pétalas de flores espalhadas pelo ar. Para não perder a cena, a pesquisadora, passando uns dias a trabalho em BH, tirou o celular da bolsa e fez uma selfie com a bela copa vermelha ao fundo. “Está muito bonito, vale registrar. Gosto demais dessa paisagem”, afirmou.

botânico e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) João Renato Stehmann explica que os flamboyants se destacam na paisagem urbana especialmente pela cor, altura e copa ampla. “A floração ocorre sempre na primavera, e o plantio é adequado a grandes espaços, como praças e parques, porque as raízes costumam levantar os passeios das casas. Em algumas avenidas da capital, como a Olegário Maciel, há flamboyants nos canteiros centrais”, afirmou. De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que conduz o inventário sobre a arborização urbana, há 3,5 mil flamboyants em espaços públicos de BH, distribuídos assim: Região Centro-Sul (785), Leste (432), Oeste (881), Noroeste (848) e Pampulha (608, até agora).

As irmãs Cláudia e Regina admiram flanboyants na Avenida Francisco Deslandes(foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)
As irmãs Cláudia e Regina admiram flanboyants na Avenida Francisco Deslandes (foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)
TÚNEL DE CORES Depois dos ipês de várias cores que enfeitaram a cidade no inverno, chega a vez dos flamboyants, que, para muita gente, significam “sombra... e água fresca da chuva vindo aí”. Subindo calmamente a Rua Odilon Braga, no Bairro Anchieta, na Região Centro-Sul, as irmãs Cláudia Pascoal, professora e moradora do bairro, e Regina Pascoal, professora aposentada e residente em Santa Tereza, na Região Leste, observavam as cinco árvores existentes na esquina da rua com a Avenida Francisco Deslandes.

“Moro aqui desde 1971 e os flamboyants já estavam plantados. Eles dão um clima maravilhoso ao bairro. Além de refrescar o ambiente, formam um túnel colorido, bom para a gente passar”, mostrou Cláudia. “Isso mesmo, fica bem fresquinho, arejado, ainda mais nesse calorão todo”, acrescentou a irmã, lembrando a diferença do início da década de 1970, quando a família se mudou para o Anchieta, com a atualidade. “Pena que cortaram muitas árvores. Acho até que a temperatura está subindo tanto devido ao desmatamento. Devemos preservar o ambiente”, afirmou.

Já na Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Bairro São Pedro, a relações-públicas Bárbara Bartoli, de 26 anos, curtia a paisagem e saudava a primavera com seu vestido florido. “As cores da natureza são sempre bem-vindas. Mas estamos
Moradora de São Paulo, Eunice Alves se encantou com a beleza da espécie.
Moradora de São Paulo, Eunice Alves se encantou com a beleza da espécie. "Está muito bonito, vale a pena registrar" (foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)
precisando de muita água da chuva, não é não?”, observou Bárbara, de olho em dois flamboyants separados por um pinheiro. “São lindos! As árvores realmente fazem a diferença na paisagem urbana”, resumiu Bárbara. 

Inventário das árvores


O Sistema de Inventário das Árvores de Belo Horizonte começou em outubro de 2011 para cadastrar 300 mil exemplares – até agora, foram computadas 272,8 mil, devendo o restante ser concluído até fevereiro de 2016. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, foram cadastrados exemplares das regiões Leste (31,7 mil), Noroeste (59,1 mil), Oeste (54,2 mil), Centro-Sul (90,6 mil) e Pampulha (37 mil em andamento). A estimativa inicial era de que houvesse 300 mil nos espaços públicos e nos afastamentos frontais dos lotes. Com o trabalho, dizem os técnicos, há certeza de que tal quantidade será atingida na Pampulha e novas estimativas indicam a necessidade de se cadastrarem mais 180 mil árvores, para abranger todo o município. Para tanto, ainda não há projeção de valores, uma vez que será necessário novo processo licitatório e considerar todas as circunstâncias para o processo, inclusive a possibilidade de renovação da participação da Cemig.

 


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