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Estado de Minas

Moradores e lojistas relatam momentos de pânico durante alagamento na Av. Vilarinho

Dezenas de veículos foram arrastados pela correnteza e pelo menos duas pessoas precisaram ser socorridas pelo Corpo de Bombeiros


postado em 27/10/2015 20:28 / atualizado em 27/10/2015 22:44

Carros ficaram amontoados após serem arrastados pela água na Avenida Vilarinho(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Carros ficaram amontoados após serem arrastados pela água na Avenida Vilarinho (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
A chuva forte que caiu sobre Belo Horizonte e região no fim da tarde desta terça-feira contabilizou estragos principalmente na Avenida Vilarinho, na Região de Venda Nova. “Foi uma tragédia, ninguém esperava que a água fosse subir o tanto que subiu”, conta Silas Estêvão Júnior, de 31 anos, morador da região.



Equipes do Corpo de Bombeiros precisaram resgatar motoristas que ficaram ilhados nos carros e dentro de ônibus. Água inundou lojas ao longo do caminho e transformaram a Vilarinho num rio. De acordo com o meteorologista Heriberto dos Anjos, do Instituto Tempo Clima PUC Minas, choveu 57 milímetros no intervalo de duas horas.

O volume de água foi o suficiente para transformar a Avenida Vilarinho em um rio, onde entre 50 a 60 veículos foram arrastados até o cruzamento com a Avenida Cristiano Machado. Pelo menos duas pessoas precisaram ser resgatadas pelo Corpo de Bombeiros. Um motociclista foi puxado pela correnteza na altura do número 6.035, no Bairro Maria Helena, e precisou ser socorrido. No Parque São Pedro, um motorista ficou preso dentro do carro e também foi resgatado pelos militares.

"O volume de chuva em Venda Nova representa quase a metade (46%) da média histórica de outubro, que é de 123 mm. É uma chuva considerada forte e, concentrada da forma como foi, em curto intervalo de tempo, causa estragos em centros urbanos”, afirmou o meteorologista Heriberto dos Anjos.


O morador Warley Fabiano, de 32 anos, se surpreendeu com a rapidez do alagamento. “Eu estava lá em casa, e de repente vi a água vindo, trazendo os carros, foi aterrorizante”, conta.  “Eu vi a água trazendo uns cinco carros. Uma Saveiro ficou toda coberta de água e um ônibus cheio de gente ficou submerso”, completa.

Silas Estêvão Júnior conta que graças ao motorista de uma caminhonete, a tragédia não foi maior. “A sorte nossa foi esse rapaz, que estava com uma corda e conseguiu fazer um cordão de isolamento para atravessar as pessoas. Tinha idosos, crianças... Se não fosse por ele, tinha morrido era muita gente arrastada”, afirmou.

Proprietário de uma loja de colchões, Rafael Diniz, de 28 anos, perdeu parte da mercadoria. Ele já tinha fechado e saído do estabelecimento quando foi avisado por amigos que a água havia invadido o local. O empresário chegou 15 minutos depois, mas já era tarde, e ele conseguiu contabilizar apenas os prejuízos. “Foram uns sete ou oito colchões molhados. Há uns dois anos tivemos um alagamento desse porte. Fevereiro normalmente é a época que enche. A gente até tenta correr atrás de alguma coisa, mas não consegue nada não. O que fica é só o prejuízo mesmo”, lamenta.


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