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Estado de Minas

Mineiros que morreram em acidente com ônibus em Paraty devem ser sepultados hoje

Casal de Timóteo, no Vale do Aço, está entre as 15 vítimas do acidente com ônibus na cidade histórica do Rio de Janeiro. Problemas no freio teriam causado o capotamento


postado em 08/09/2015 06:00 / atualizado em 08/09/2015 10:00

Acidente aconteceu no domingo, na estrada que liga Paraty a Trindade: além dos mortos, 62 feridos. Os mineiros Robson Antunes Braga e Cláudia Maria Arruda (detalhe), ambos de 54 anos, morreram no acidente(foto: Reprodução)
Acidente aconteceu no domingo, na estrada que liga Paraty a Trindade: além dos mortos, 62 feridos. Os mineiros Robson Antunes Braga e Cláudia Maria Arruda (detalhe), ambos de 54 anos, morreram no acidente (foto: Reprodução)

Dois mineiros de Timóteo, Vale do Aço, estão entre os 15 mortos no acidente com um ônibus em Paraty (RJ), no domingo. Segundo informações do Instituto Médico Legal (IML) de Angra dos Reis (RJ), Robson Antunes Braga, de 54 anos, e Cláudia Maria Arruda, também de 54, estavam a caminho de uma praia com outros turistas e moradores da região. Robson e Cláudia eram casados e moravam no Bairro Alvorada, em Timóteo. As famílias reconheceram os corpos, que foram liberados no início da noite de ontem e levados para o Rio de Janeiro para serem preparados para a viagem a Minas. O velório e o sepultamento serão realizados no Cemitério Jardim da Saudade, no Bairro Santa Maria, nesta terça-feira.

Pelas redes sociais, familiares das vítimas lamentaram as mortes. “Eu não sei como lidar com isso. Já perdi meu pai de coração, e agora perdi minha família”, escreveu Paula Drumond Amaral.

Sobreviventes da tragédia contaram ontem aos investigadores do caso que, minutos antes do acidente, o motorista, Marcel Magalhães Silva, de 50, disse que o ônibus estava com problema nos freios. Segundo o inspetor Santos, da Delegacia de Polícia de Paraty, o motorista teria gritado “faltou freio”, pouco antes de o veículo tombar. Os 62 feridos foram socorridos em hospitais da região. Cinco pessoas seguem em estado grave nos hospitais da região.

O ônibus da Viação Colitur já havia sido multado duas vezes por excesso de velocidade na região da costa verde fluminense. Marcel Santos sofreu traumatismo craniano, mas teve alta ontem. O comerciante Alberes Claudino, amigo de motorista, disse que ele não costumava fazer o trajeto Paraty-Trindade. “Ele não costumava fazer essa linha não. Ele fazia Paraty-Angra. Marcel dizia que a linha para Trindade era a pior que tinha. Os carros são muito velhos e a estrada perigosa”, afirmou Claudino.

De acordo com o Instituto Médico Legal (IML) de Angra dos Reis, Bruno Mariani da Silva, de 21, morador de São Paulo, foi a primeira vítima a ser identificada – ele era o único que estava com documentos. Segundo informações de uma rede de TV, o jovem foi passar o feriado com a mãe e o padrasto, que moram em Trindade.

Além dele e do casal de mineiros, foram reconhecidos por familiares Juliana Rocha Medeiros dos Santos, de 26, estudante de direito; Vanilda Santana Moura, de 62; Gabriele Matheus de Macedo, de 21; Alex Pinho Medeiros, 30; Kathllyn Fernandes Xavier, de 18, e Thalita Amâncio, que chegou a ser socorrida com vida, mas morreu no centro cirúrgico – ela não teve a idade divulgada. A identificação do restante dos mortos é difícil porque, como o trajeto era curto, a maioria dos passageiros não portava documentos.

SUPERLOTAÇÃO O ônibus saiu às 11h da rodoviária, no Centro de Paraty, com destino à Praia de Trindade, a cerca de 30km de distância. O acidente ocorreu quando o veículo passava por um trecho estreito e sinuoso do Morro do Deus Me Livre, na estradinha que liga Trindade à Rodovia Rio-Santos. O ônibus transportava 81 pessoas – a maioria turistas que aproveitavam o feriado prolongado –, embora o veículo tivesse autorização para transportar no máximo 45 pessoas.

Bruno Silva era de Ferraz de Vasconcelos, no interior de São Paulo, e havia ido passar o feriado com a mãe, Iara Cristina da Silva, de 43, moradora de Trindade. A ajudante de cozinha disse que o filho era solteiro, mas tinha dois filhos: um menino de 6 anos, e uma menina de 3 meses. Iara inocentou o motorista do veículo e acusou a Colitur pela imprudência e pela falta de apoio às famílias: “Me contaram que tinha excesso de pessoas, o freio não funcionou, e o motorista, para não jogar o ônibus contra uma ribanceira, que provocaria uma tragédia ainda maior, jogou o volante para o lado contrário. Por causa do excesso de peso, o veículo não aguentou e tombou. Meu filho veio passear de ônibus e vai voltar num caixão.”


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