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Estado de Minas

Após morte do bebê Pedrinho, advogados querem que União implante tratamento no país

Pedro Gomes de Oliveira completou 1 ano no Hospital Felício Rocho, onde esteve internado desde o segundo dia de vida. Recentemente a Justiça havia concedido liminar para seu tratamento em Miami


postado em 10/08/2015 06:00 / atualizado em 10/08/2015 07:32

(foto: Euler Junior/DA Press/20/03/2015)
(foto: Euler Junior/DA Press/20/03/2015)

A luta do pequeno Pedrinho chegou ao fim, mas a família não desistirá da causa. Os advogados que acompanham o caso do bebê de um ano que esteve internado na UTI neonatal, em Belo Horizonte, desde o segundo dia de vida, estudam entrar com ação para obrigar a União a implantar de vez no país o tratamento para a síndrome do intestino curto. “Pedrinho está descansando em paz, mas não aguentamos mais perder os nossos filhos dessa forma. É muita omissão”, desabafou o advogado José Antônio Guimarães Fraga, que cuida do caso. Estima-se que outras 40 crianças vivam o mesmo drama no país.

Em 20 de julho, a família conseguiu liminar para que o governo brasileiro custeasse todas as despesas do transplante multivisceral, nos Estados Unidos. A Polícia Federal expediu os passaportes no dia seguinte, a taxa para o visto norte-americano seria paga hoje e a expectativa era embarcar até o fim do mês. “Faltava contratar a UTI aérea até Miami”, revelou Fraga.

Pedrinho, infelizmente, não conseguiu esperar. Segundo o advogado da família, nenhuma medicação surtia mais efeito. A morte foi constatada às 14h45h de ontem, por infecção generalizada, devido ao comprometimento de vários órgãos, principalmente os rins.

Os pais de Pedrinho, que nasceu em Eunápolis, na Bahia, não tinham condições de pagar pelo transplante e lançaram na internet a campanha “Salve o Pedrinho”, em busca de doações. De acordo com o advogado, o dinheiro arrecadado (cerca de R$ 1 milhão) será usado para ajudar famílias de outros bebês que sofrem com a síndrome do intestino curto, uma rara malformação congênita.

A família esperava desde abril por uma posição da Justiça. Fraga entende que a decisão chegou tarde demais. “Não podemos mais aceitar isso”, disse. “O médico brasileiro que faria a cirurgia em Miami se colocou à disposição do governo brasileiro para implementar os procedimentos aqui. Falta vencer a má vontade dos nossos governantes. Quantos mais precisam morrer?”


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