
Além de Gustavo Guimarães de Toledo e de Emerson Thomazine, o piloto profissional Carlos Eduardo Abreu estava na aeronave como passageiro. Segundo a Polícia Civil, a identificação oficial dele ainda depende de outros dois exames oficiais no IML. A família de Abreu ainda deve aguardar o exame da arcada dentária e o das digitais, para a liberação do corpo. A previsão é de que ainda nesta quarta-feira os familiares do piloto possam fazer a retirada.
O avião caiu pouco depois de decolar, às 15h20, do Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, na Pampulha, em Belo Horizonte. Em uma dinâmica que intriga especialistas, a aeronave despencou sobre a casa de número 105 da Rua São Sebastião explodindo em seguida. Surpreendentemente, os dois moradores da residência escaparam ilesos. Eles estavam na horta do imóvel, cuidando de galinhas, quando tiveram a garagem destruída pelo avião em chamas. Uma mulher que estava nos fundos do imóvel vizinho, onde também funciona uma igreja evangélica, sofreu ferimentos.
De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro, o bimotor King Air prefixo PR-ABGestava com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) em dia. O primeiro tinha data de validade de 30 de janeiro de 2016. Já o CA tinha validade de 16 de julho de 2020. O avião era operado pela Atlântica Exportação e Importação, empresa especializada em grãos de café cru. A empresa faz parte da Montesanto Tavares, uma holding mineira que já foi dona das marcas Café Três Corações e Sucos Mais – as duas foram vendidas para grupos internacionais.
Em nota, a Atlântica lamentou as mortes e informou que está prestando toda a assistência necessária aos familiares das vítimas. Permanece acompanhando também os trabalhos junto às autoridades e as investigações das causas do acidente. A Atlântica, que é proprietária do bimotor, disse que Thomazine era considerado pela direção da empresa um profissional exemplar. (Com informações de Luana Cruz)
