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Estado de Minas

Mais de 45% dos adolescentes apreendidos em BH voltaram a cometer crimes em 2014

Relatório divulgado pelo CIA_BH revela que foram registradas mais de 9 mil ocorrências na capital no ano passado. Quase 50% dos casos envolve tráfico de drogas, roubo e furto


postado em 09/04/2015 15:50 / atualizado em 09/04/2015 18:01

Roubo, furto, tráfico de drogas, estupro, homicídio. Estes são apenas alguns dos crimes que levaram o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional de Belo Horizonte (CIA-BH) a registrar mais de 9 mil boletins de ocorrência contra jovens com idades entre 12 e 20 anos em 2014. O número é ligeiramente menor que no ano anterior (são 9.106, contra 9.226 em 2013). Mas um dado no relatório divulgado nesta quinta-feira pela instituição chama a atenção: do total de apreendidos entre janeiro e dezembro do ano passado, 2.853 deram entrada mais de uma vez na unidade.

Nos últimos seis anos, os dados mostram que o CIA-BH registrou 56.692 internações de adolescentes infratores. Em 2014, 6.253 jovens deram entrada na instituição, sendo que cerca de 45% voltaram a ser flagrados cometendo algum tipo de crime no mesmo ano. A maioria dos suspeitos é do sexo masculino, mas as moças também figuram nas estatísticas da unidade por crimes como furto, tráfico de entorpecentes, lesão corporal e estupro.

Ainda segundo o relatório, a maioria dos crimes foram cometidos na Região Centro-Sul de Belo Horizonte (1.847 casos), seguidas das regionais Noroeste (1.073) e Oeste (1.023). O local que registrou o menor número de infrações cometidas por adolescentes foi a Região Norte, com 670 boletins de ocorrência. Além disso, sete jovens flagrados na Grande BH também deram entrada no CIA-BH. Em quase 50% dos casos, os suspeitos estavam envolvidos com em casos de roubo, furto e tráfico de drogas.

Na semana passada, o Estado de Minas mostrou que 248 adolescentes são levados à frente das autoridades policiais e da Justiça, a cada dia, em todo o estado. Belo Horizonte concentra 11,4% das apreensões, em uma situação que ajuda a tornar ainda mais acalorado o debate acerca dos projetos de redução da maioridade penal, discutida pela Câmara dos Deputados, em Brasília, na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 171/93.


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