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Estado de Minas

UFMG vai manter gastos reduzidos mesmo com o Governo Federal indicando repasse de verbas

Em novembro e dezembro de 2014, a instituição recebeu cerca de R$ 30 milhões a menos do que o previsto no orçamento aprovado pelo Congresso


postado em 19/03/2015 20:56

Estudantes colaram cartazes e faixas nas paredes do bandejão da Universidade(foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Estudantes colaram cartazes e faixas nas paredes do bandejão da Universidade (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)

Mesmo depois do Governo Federal garantir o retorno do repasse de verbas para as universidades, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) informou que ainda não tem previsão de retomar o ritmo normal de suas atividades. Em novembro e dezembro de 2014, a instituição recebeu cerca de R$ 30 milhões a menos do que o previsto no orçamento aprovado pelo Congresso. Por causa do déficit acumulado ainda no ano passado, ainda sem indicação de ser compensado, os gastos da instituição vão se manter reduzidos, pelo menos por enquanto.

Com a aprovação da Lei do Orçamento Anual, pelo Congresso, no dia 17, os repasses da União serão normalizados ao ritmo mensal de 1/12 e não mais de 1/18 avos, como vinha sendo aplicado desde janeiro. Mesmo assim, a UFMG ainda vai seguir com os cortes de gastos. “Para minimizar os impactos causados pelos cortes nas atividades-meio, o reitorado suspendeu pagamentos de contas de água e luz, adiou investimentos e priorizou pagamentos de bolsas e execução de projetos acadêmicos. Como há compromissos atrasados a serem saldados nos próximos meses, a disponibilidade financeira para custeio em 2015 se mantém reduzida”, informou a UFMG por meio de nota.

A votação do orçamento no Congresso torna sem efeito o Decreto Federal 8.389/2015, de 7 de janeiro, que limitava o repasse mensal em 1/18 do orçamento anual até a aprovação da Lei.

A situação vivida pela universidade, causa revolta e desconfiança de estudantes e professores. No fim da manhã desta quinta-feira, um protesto foi feito na porta dos dois bandejões no câmpus Pampulha.

A manifestação na porta dos bandejões foi organizada pelo movimento UFMG Sem Catracas em defesa da educação pública no país. No evento de convocação para o ato os organizadores dizem: “Nós não estivemos nas ruas nem no dia 13 que defendia o governo, mesmo com todos os cortes nas áreas sociais, nem no dia 15, que pedia o impeachment de Dilma, inclusive porque sabemos que na época de FHC não era diferente e também não seria se fosse outro governante que, como Dilma, prefere tirar os direitos do povo para garantir os lucros dos banqueiros. Nós acreditamos que para além da rixa desses dois campos, nós precisamos nos mobilizar pelos problemas concretos que hoje afetam a vida do povo”.

Também nesta quinta-feira, o Movimento Estudantil (ME) da UFMG realizou uma audiência pública no câmpus para discutir o corte de verba. Uma manifestação maior está marcada para acontecer no dia 26 de março.

Uma manifestação maior está marcada para acontecer no dia 26 de março(foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Uma manifestação maior está marcada para acontecer no dia 26 de março (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)


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