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Estado de Minas

Terceiro maior reservatório de abastecimento de água de BH pode secar em maio

Serra Azul pode ficar completamente seco caso não haja redução no consumo e chuvas abundantes neste mês. Região Metropolitana reduziu uso do recurso em 10%, porém, governo oficializou a restrição hídrica


postado em 02/03/2015 21:47

Represa chegou a ter 8,9 quilômetros de área inundada e agora opera com apenas 9,2% da capacidade(foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
Represa chegou a ter 8,9 quilômetros de área inundada e agora opera com apenas 9,2% da capacidade (foto: Beto Novaes/EM/DA Press)

A situação dos reservatórios na Grande BH continua abaixo da crítica, mesmo com as últimas chuvas – em fevereiro, foram registrados 40% acima da média histórica, que é de 188 milímetros, e o volume acumulado já é o maior dos últimos 11 anos. Entre as unidades que mais preocupam as autoridades, está o Serra Azul, responsável pelo fornecimento de 8% da água da capital. Segundo o secretário estadual de Planejamento e Gestão (Seplag), Helvécio Magalhães, o reservatório poderá estar seco em maio, se não houver redução no consumo de água e chuvas abundantes este mês. “O problema é que não há previsão de muitas chuvas”, lamentou.

Na tarde dessa segunda-feira, a força-tarefa formada pelo governo estadual para cuidar da escassez hídrica se reuniu na Cidade Administrativa. Durante o encontro, recebeu relatório técnico da declaração da crise hídrica Grande BH. O documento, elaborado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam), constata de forma oficial a restrição hídrica na região metropolitana, o que servirá de base para medidas de sobretaxa que deverão ser propostas à Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana (Arsae-MG).

Helvécio explicou que a redução de consumo de água ficou entre 9% e 10%, o que representa um terço da meta estipulada pelo governador Fernando Pimentel, em 24 de janeiro, quando conclamou a população a economizar e evitar o desperdício de água. O secretário, no entanto, não considerou o resultado baixo para mais de um mês de campanha, “principalmente por fevereiro ser um mês atípico, com as festas de carnaval e férias”. Depois de destacar que acredita na economia voluntária dos mineiros, alertou que os meses de setembro e outubro poderão deixar o estado numa situação “gravíssima” de falta de água.

De 26 de janeiro, quando a Copasa começou a divulgar diariamente a situação das barragens até ontem, o Sistema Paraopeba, responsável pelo abastecimento na Grande BH, teve uma leve queda de 0,01%. Destaque apenas para o Serra Azul, que aumentou de 5,80% para 9,2%. Rio Manso apresentou queda e Vargem das Flores teve leve alta.

SOBRETAXA Ainda não foi no encontro de ontem que as autoridades decidiram sobre a sobretaxa na conta de água. “Somente em abril teremos uma decisão”, disse o chefe da Seplag. Helvécio Magalhães acrescentou que será feita uma avaliação durante este mês por todos os órgãos envolvidos na questão da escassez hídrica. “Para definir a sobretaxa, o governo estadual precisará de um estudos detalhados elaborados pelo Igam e Copasa. Teremos que analisar a economia de água, redução de perdas, índice pluviométrico no período e outros fatores”, disse, lembrando que haverá hoje uma reunião com a direção da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) para conversar com os empresários sobre a situação.


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