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Estado de Minas

Cenipa avalia se abre investigação sobre problema em avião da Azul

Aeronave da Azul decolou de Confins para Porto Alegre, mas fez pouso de emergência em Canoas.


postado em 20/01/2015 06:00 / atualizado em 20/01/2015 07:20

Avião que fazia a rota Confins-Salgado Filho, com 113 passageiros, mudou rota para a base aérea de Canoas (foto: Twitter Beto Albuquerque /Reprodução da Internet)
Avião que fazia a rota Confins-Salgado Filho, com 113 passageiros, mudou rota para a base aérea de Canoas (foto: Twitter Beto Albuquerque /Reprodução da Internet)

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) vai avaliar se abrirá ou não procedimento para investigar as causas do pouso forçado de um avião da Azul Linhas Aéreas no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS). O voo 4111 saiu ontem às 7h do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH, em direção à capital gaúcha, onde os passageiros deveriam desembarcar duas horas depois. Mas a aeronave acabou pousando 1h40 depois do horário previsto na Base Aérea de Canoas, cidade vizinha. Segundo passageiros, o piloto informou problemas na frenagem. A bordo, estavam 118 pessoas, incluindo cinco tripulantes.
 
A companhia aérea confirmou, por meio de nota, que houve problema técnico. Entretanto, informou, via assessoria de imprensa, que não vai divulgar o que ocorreu e que a aeronave passará por manutenção. De acordo com a assessoria da Força Aérea Brasileira (FAB), o avião permaneceu na pista até por volta das 17h, sob avaliação dos técnicos da Azul. Relatou ainda que não houve incidentes. Pelas normas do Cenipa, editadas ano passado, a empresa deverá informar os resultados dessa análise e, a partir disso, o centro verificará a necessidade de algum tipo de investigação. As comunicações poderão ser classificadas como acidente aeronáutico, incidente aeronáutico grave e incidente aeronáutico, ou ainda desconsideradas, caso não sejam caracterizadas como ocorrência aeronáutica.

Um dos passageiros do voo era o deputado federal mineiro Júlio Delgado (PSB), que disputa a liderança da Câmara em Brasília com Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Arlindo Chinaglia (PT-SP). Ele saiu de BH para uma reunião com correligionários do partido e o governador José Ivo Sartori (PMDB). Delgado contou ter imaginado que, inicialmente, a demora no pouso se devesse a um congestionamento no aeroporto. Somente depois de 40 minutos sobrevoando o local, quando os passageiros já estavam inquietos e preocupados, o piloto informou que detectou problema de frenagem.

No anúncio, o comandante teria revelado que o flap direito não abria como deveria e o sistema de freios estava comprometido e funcionando parcialmente. “Ele disse que estava falando com a torre de controle para saber os procedimentos, que estava gastando combustível e precisava de uma pista mais larga, como a de Canoas, que é 600 metros maior que a de Porto Alegre”, contou o deputado.

Segundo Delgado, o piloto disse ainda que não podia forçar o freio, porque poderia quebrar o trem de pouso. “Quando aterrissou, ele usou a pista toda. Foi muito perspicaz. Havia todo aparato montado com bombeiros e ambulâncias, embora não tenhamos precisado”. No pouso, de acordo com o deputado, alguns passageiros choraram e outros aplaudiram. Foi usada uma escada improvisada, instalada na parte traseira da aeronave, para que passageiros e tripulantes saíssem.

PRECAUÇÃO Para o major brigadeiro do ar reformado Renato Cláudio Costa Pereira, ex-secretário-geral da Organização da Aviação Civil Internacional, uma das hipóteses do problema é mesmo o trem de pouso, embora qualquer confirmação só possa ocorrer depois de análises da aeronave e das informações dos pilotos. “Não saber se os trens de pouso estão travados é suficiente para não arriscar um pouso”, diz.

Mas, segundo ele, a decisão de pousar em Canoas não teve relação com o tamanho da pista, e sim, com questões de precaução. A primeira é voar para queimar o combustível em excesso e a segunda tem a ver com a movimentação do aeroporto. “Se quebrar, bater e parar na pista, tudo que o piloto não quer é combustível. E, nesse caso, aeronave fica na pista e atrapalha o tráfego aéreo de um aeroporto do tamanho do Salgado Filho.” Segundo Renato Pereira, esse não foi um pouso de emergência, mas de precaução. “E foi muito bem conduzido. Não arriscou demais e fez todo procedimento padrão, principalmente de não interditar um aeroporto, sem menor necessidade.”





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