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Estado de Minas

Quadrilha comandada por presidiário tentou acordo com criminosos paulistas

Criminosos fizeram um consórcio com outros grupos para realizar um "rodízio" do tráfico na Pedreira Prado Lopes. Investigações revelaram que eles tentaram adquirir drogas de bandidos de São Paulo


postado em 19/12/2014 11:18 / atualizado em 19/12/2014 11:55

Coronel Carlos Alberto Sacramento e o superintendente da Polícia Federal, Sérgio Barbosa Menezes falam sobre as prisões(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Coronel Carlos Alberto Sacramento e o superintendente da Polícia Federal, Sérgio Barbosa Menezes falam sobre as prisões (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)


A quadrilha desarticulada pela Polícia Federal (PF) durante uma operação no aglomerado Pedreira Prado Lopes, na Região Noroeste de BH, tentou entrar em um acordo com uma organização criminosa que atua em São Paulo. A informação foi divulgada durante a coletiva sobre a Operação Campeonato, na manhã desta sexta-feira.

A ação policial começou ainda na madrugada com 120 policiais federais e 70 policiais militares do Batalhão Rotam, da Companhia Independente de Cães e do Batalhão de Radiopatrulhamento aéreo. O objetivo era cumprir 32 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão, sequestro de veículos e imóveis e bloqueios de contas bancárias. Alguns suspeitos foram abordados em outros bairros de BH e no interior de São Paulo.

Até o momento, segundo a polícia, 16 pessoas foram detidas. Entre elas estão seis mulheres e outras cinco pessoas que já se encontram em presídios – inclusive o líder. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.

As investigações revelaram que um dos líderes da quadrilha está cumprindo pena em um presídio e dava ordens por meio da esposa e do cunhado. Ele criou uma espécie de acordo com grupos menores que faziam revezamento no tráfico de dentro da pedreira. O grupo estabeleceu escalas de venda, definindo a quantidade de drogas que poderia ser comercializada, dias e horários. A logística foi batizada de “campeonato”. O objetivo da prática era evitar disputas por territórios e conflitos internos, trazendo lucros para todos.

As drogas vendidas por eles eram adquiridas nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Neste último, também foi cumprido um mandado contra um casal em uma cidade do interior. Eles são investigados por participação no fornecimento de drogas, que garantiu um alto padrão de vida para os suspeitos. Conforme os policiais, a quadrilha tentou fazer um acordo para receber drogas de uma organização criminosa paulista, mas eles tiveram problemas com os fornecedores. Isso porque alguns deles eram alvo de investigações e acabaram presos.

Ainda segundo a Polícia Federal, esta é a segunda fase das ações realizadas em comunidades da capital. Em outubro, uma outra operação terminou com 17 presos no aglomerado Morro das Pedras, na Região Centro-Sul da capital.


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