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Estado de Minas

Rebelião no Centro de Internação provisória no Bairro Horto é controlada

O motim começou depois de uma fuga frustrada de dois internos. A Polícia Militar entrou na unidade e conseguiu contar os adolescentes sem o uso de armas


postado em 08/12/2014 22:12 / atualizado em 09/12/2014 07:28

Motim foi contido depois da chegada da Polícia Militar (PM) na unidade(foto: Leandro Couri/Em/D.A.Press)
Motim foi contido depois da chegada da Polícia Militar (PM) na unidade (foto: Leandro Couri/Em/D.A.Press)
 

A Polícia Militar (PM) conseguiu controlar a rebelião no Centro de Internação Provisória Dom Bosco (CEIP Dom Bosco), na Região Leste de Belo Horizonte, na noite desta segunda-feira. O motim começou depois de uma fuga frustrada de dois internos. A tropa de choque e militares do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) e do 16º Batalhão conseguiram conter o tumulto sem o uso de armas. Agentes socioeducativos denunciam superlotação no local.

De acordo com o major Flávio Henrique Naziazeno, comandante do 16º Batalhão da PM, os policias entraram na unidade e os adolescentes decidiram pôr fim ao tumulto. “A situação está sob controle. Não houve a necessidade de usar armas. Agora, todos estão sendo revistados e devem ser colocados novamente dentro das celas”, explica. Ainda não há informações sobre feridos ou danos no centro de internação.

O motim começou no fim da tarde desta segunda-feira quando dois adolescentes tentaram fugir do local. Por volta das 16h, dois jovens procuraram a enfermaria alegando estarem sentindo mal. “Os agentes contaram que quando levavam os dois de volta para cela, os internos os renderam e tentaram dar golpes com uma arma artesanal chamada de chuço. Os agentes conseguiram escapar e os internos deram início ao motim”, afirma Keifferson Pedrosa, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Socioeducativo do Estado de Minas Gerais (Sindsisemg).

Ver galeria . 9 Fotos Leandro Couri/EM/D.A.Press
(foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press )


Os adolescentes conseguiram abrir as portas das celas e foram todos para os corredores. Em seguida, conforme a PM, queimaram colchões. Os militares foram acionados no final da tarde e começaram a negociação com os internos. A situação só foi controlada por volta das 21h.

A rebelião já tinha sido prevista pelos agentes socioeducativos, que denunciam a superlotação. “A unidade está com 20 socioeducativos durante o dia para tomar conta de 170 adolescentes, sendo que a capacidade é para 80. Esta situação, já estava se passando durante a semana. Os agentes já tinham alertado a direção que os adolescentes estavam tramando algo. Mas, a direção foi omissa”, comenta o presidente do Sindsisemg.

Em nota, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) negou a versão apresentada pelos agentes. Conforme o documento, aproximadamente 50 adolescentes rebelaram por volta das 20h. Os internos chutaram portas e colocaram fogo em pedaços de colchões e lençóis. Em seguida, segundo a Seds, próprios agentes socieducativos da unidade. Eles também retiraram os jovens envolvidos - de duas alas- para realização de revistas no pátio de banho de sol. Ninguém se feriu. O tumulto foi controlado por volta das 21h30.


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