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Estado de Minas

Moradores reclamam de entulhos e sujeira depois da demolição de viaduto na Pedro I

Construtora Cowan não estaria cumprindo o acordo feito antes da implosão.


postado em 24/09/2014 06:00 / atualizado em 24/09/2014 07:13

Márcia Maria Cruz

No primeiro dia depois da liberação das pistas da Avenida Pedro I, na Região Norte de BH, o trânsito fluiu sem retenções no período da manhã. No entanto, os moradores que deixaram os imóveis em decorrência da demolição da alça norte do Viaduto Batalha dos Guararapes dizem que a Construtora Cowan não está cumprindo o acordo feito antes da implosão. Segundo a advogada dos moradores, Ana Cristina Drumond, não foi feita de forma adequada a remoção de entulhos em vias que dão acesso às residências, nem a limpeza dos imóveis para que pudessem retomar a vida normal. “Os apartamentos estão sem condição de habitação. É uma poeira de cimento, de implosão. Os vidros das janelas estão estourados. Não podem ficar lá se não houver limpeza.”

A advogada entrou com petição na Promotoria de Direitos Humanos e na 4ª Vara de Fazenda Municipal, solicitando que a construtora seja multada e que as obras na região sejam suspensas enquanto o acordo não for cumprido integralmente. O documento com assinatura das duas partes prevê a remoção do entulho de todas as vias. Mas ainda há detritos na Rua Moacyr Froes. “A via precisa ser liberada, pois é entrada de pedestre e veículos dos moradores de ambos condomínios, dos alunos e dos funcionários da Escola Helena Bicalho e acesso único à garagem do Edifício Comercial”, disse a advogada.

Outro ponto questionado se refere ao direito de hospedagem em hotéis para as famílias dos prédios no raio de 50 metros da região, até que todo o entulho seja retirado. Tiveram que retornar depois de oito dias, embora ainda haja restos da demolição. Por fim, os moradores dizem que o atendimento da equipe multiprofissional não satisfaz. “Desde sexta à noite já não tinha psicóloga. Sábado não tinha ninguém e muito menos no domingo ou mesmo hoje (segunda-feira) nas barrancas da Defesa Civil.”

Se as condições do apartamento não atendem aos moradores, motoristas e passageiros do transporte público viram melhora no trânsito. O comerciante Anderson Garcia, de 37 anos, disse que foi reduzido o tempo de sua casa, no Bairro Maria Helena, à lanchonete que mantém na Pedro I. Quando a avenida estava fechada, o tempo para fazer o trajeto aumentava em uma hora e meia. Ontem, ele saiu de casa às 5h30 e chegou ao destino 20 minutos depois.

Para o comerciante Getúlio Ribeiro da Cruz, de 57, embora o trânsito tenha fluído sem retenções, falta sinalização indicando as mudanças na região. Um dos problemas é a entrada para o Bairro Planalto, no sentido Centro-bairro, que antes poderia ser feita pela Pedro I. Agora, os carros precisam pegar retorno, passando pelo viaduto da Rua João Samaha, depois pelas Ruas Álvaro Camargo e Eugênio Volpino para só então atravessar a Pedro I em direção ao Bairro Planalto.

A respeito das reclamações dos moradores, a Cowan esclarece, por meio de nota, “que foram executados 100% da demolição dos ramos sul e norte do Viaduto Batalha dos Guararapes. A retirada do concreto e do aço está em fase final. O que está sendo realizado no momento são as adequações da via, com o objetivo de agilizar o tráfego no local e também para a liberação total da via”.


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