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Estado de Minas

Bandidos obrigam moradores a abandonarem suas casas para traficar em Juiz de Fora

Caixa Econômica Federal recebeu denúncias de moradores beneficiados pelo Minha Casa Minha Vida que estão sendo ameaçados por bandidos da região


postado em 11/09/2014 17:17 / atualizado em 11/09/2014 18:14

O medo da violência e da criminalidade está obrigando várias famílias a deixarem suas casas, localizadas em conjuntos habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida, em Juiz de Fora, Zona da Mata. Nesta semana, a Caixa Econômica Federal notificou a Polícia Civil de Minas Gerais sobre reclamações feitas por moradores, que estão sendo expulsos por traficantes, que usam as moradias para traficar e fazer festas.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rodolfo Ribeiro Rolli, as investigações sobre o caso tiveram início há dois meses, já que o local é conhecido como o mais violento da cidade e têm altos níveis de homicídios e crimes relacionados ao tráfico de drogas. Porém, com o ofício da Caixa, a investigação se torna ainda mais consistente.

Os trabalhos da polícia apontam que muitas famílias estão vendendo suas casas sem contrato e a "preço de banana", para escapar das ameaças. Porém, os cidadãos que resistem são obrigados pelos traficantes a deixar os seus lares. “Temos policiais infiltrados no local e informantes para que possamos encontrar os envolvidos. Nós precisamos ter cuidado, porque se trata de um local muito violento, e em caso de sermos identificados, eles podem reagir e matar inocentes”, disse o delegado Rodolfo.

Conforme o delegado, o local destinado pelo Governo Federal para as famílias beneficiadas pelo programa está abandonado e não existem praças ou escolas na área. No ano passado, a região foi palco de um bárbaro homicídio, quando um jovem foi morto a pauladas. “Nós já temos todo o embasamento para prender os traficantes envolvidos. Estamos apenas levantando mais informações, já que temos fotos e vídeos que contribuem com a investigação. Vou conversar pessoalmente com o juiz, para que possamos efetuar a prisão preventiva destes criminosos”, disse o delegado.

Conforme a 3° Delegacia de Polícia Civil de Juiz de Fora, cerca de 600 famílias vivem atualmente na área. Ainda de acordo com o delegado, o inquérito já está instaurado e nos próximos dias serão feitas as primeiras prisões.


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