(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Impasse entre ocupações populares e PBH continua

Reunião entre as partes no terminou sem acordo e o secretário de Defesa Social Rômula Ferraz marcou uma nova reunião entre os manifestantes e os órgãos públicos para o próximo dia 17, no Centro Administrativo


postado em 03/07/2014 14:53 / atualizado em 03/07/2014 21:30

Manifestantes continuam acampados em frente a Prefeitura de Belo Horizonte(foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Manifestantes continuam acampados em frente a Prefeitura de Belo Horizonte (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)


Moradores de 13 áreas ocupadas por sem-teto decidiram, na noite desta quinta-feira, permanecer acampados no prédio da Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel), na Avenida do Contorno com Rua da Bahia, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul, e em frente à prefeitura, na Avenida Afonso Pena, no Centro. Na tarde desta quinta-feira, os moradores das ocupaçõe populares se reuniram por mais de quatro horas com o o juiz Nagib Abraão, 1ª Vara Municipal, duas promotoras de Justiça, uma defensora pública e o diretor da Urbel, coronel Genedempsy Bicalho, mas não houve acordo. Durante o encontro, o secretário de Defesa Social Rômula Ferraz enviou um e-mail marcando uma nova reuniãoentre os manifestantes e os órgãos públicos para o próximo dia 17, no Centro Administrativo.

A entrada de alimentos no prédio da Urbel permanece proibida pela PM e cordas são usadas para subir com panelas de comida preparada na calçada por outro grupo acampado do lado de fora. Nesta quinta-feira, o assessor da Comissão Pastoral da Terra, o frei Gilvander Luís Moreira, informou que as pessoas que estavam na AGE haviam se alimentado pela última vez às 22h30 de quarta-feira e que havia inclusive crianças com fome.

Os sem-teto ocuparam três locais simultaneamente, por volta das 8h de quarta-feira. Eles têm sete reivindicações, entre elas a garantia de não haver desocupação forçada dos terrenos onde vivem e a regularização fundiária dos mesmos. Também querem a efetivação de projetos de infraestrutura urbana básica como fornecimento de água, luz, esgoto sanitário e pavimentação. Os manifestantes ainda pedem atendimento à saúde e à educação.

Ainda nesta quinta-feira, havia previsão de que o prédio da Advocacia Geral do Estado (AGE), na Rua Espírito Santo, no Centro, fosse desocupado. A Urbel entrou com pedido de reintegração de posse na Justiça, mas o juiz titular da Vara da Fazenda Pública Municipal, Magid Nauef Láuar, ainda não se manifestou.


A manifestação dos moradores das ocupações populares ocorreu durante toda esta quinta-feira. Desde o início da manhã, motoristas enfrentam lentidão no hipercentro de Belo Horizonte por causa do bloqueio parcial provocado pelos integrantes das ocupações. Várias famílias estão acampadas na Avenida Afonso Pena em frente a Prefeitura. Mais cedo, apenas uma faixa ficou liberada para o trânsito, o que causou longos congestionamentos. Depois de uma conversa entre a PM e os líderes do movimento, outra pista foi desbloqueada.

Por volta das 13h50, aproximadamente 50 pessoas, entre homens, mulheres e crianças se uniram ao grupo que estavam em frente a Prefeitura de Belo Horizonte. Eles almoçaram junto ao restante das famílias que acampam na Avenida Afonso Pena. Durante assembleia, parte dos manifestantes decidiram seguir para a Urbel.

Integrante das ocupações improvisa fogão em frente a Urbel(foto: Pedro Ferreira/EM/D.A.Press)
Integrante das ocupações improvisa fogão em frente a Urbel (foto: Pedro Ferreira/EM/D.A.Press)
No prédio da Urbel, aproximadamente 120 sem-teto estão no local.  A auxiliar de serviços gerais Rondinélia Pereira Carvalho, levou blocos de cimento da ocupação Eliana Silva para improvisar fogão do lado de fora. É ela quem prepara a comida. Os integrantes das ocupações que estão ao lado de fora do prédio, usam uma corda para transferir alimentos para quem está dentro. Alguns sacos de pão e de biscoitos foram arremessados.

Comércio fechado

A manifestação no prédio da Urbel causa algum desconforto para lojistas da região. Alguns comerciantes fecharam as portas e liberaram os funcionários. Pessoas que também tinham reunião no imóvel perderam a viagem. É o caso de Antônia Aparecida Casimira Amorim. Ela saiu do Bairro Guarani, Região Norte da capital, para entrevista do programa Minha Casa Minha Vida, porém encontrou a portaria do imóvel fechada por policias militares do Batalhão de Choque.

Alguns motoristas curiosos chegaram a diminuir a velocidade dos seus carros para olhar a movimentação na entrada da Urbel. Um deles teve o veículo atingido na traseira por outro.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)