(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Costa-riquenhos chegam a BH embalados pela boa campanha da seleção

Eles estão querendo mais e já fazendo amizade. enquanto isso, presença do príncipe harry desperta fantasias


postado em 23/06/2014 00:12 / atualizado em 23/06/2014 08:08

Todd (camisa vermelha e preta) e Danny (de camisa vermelha) se juntaram a outros torcedores em BH (foto: Tulio Santos/EM DA Press)
Todd (camisa vermelha e preta) e Danny (de camisa vermelha) se juntaram a outros torcedores em BH (foto: Tulio Santos/EM DA Press)


O torcedor inglês Todd Wilde, de 23 anos, planejou sua viagem ao Brasil há quatro meses e uma grande festa em BH para celebrar a classificação da Inglaterra à próxima fase da Copa do Mundo. Já o costa-riquenho Alejandro Kuhn, de 32, tinha expectativa humilde para a competição e programou sua vinda à capital mineira para uma despedida honrosa do Mundial, no chamado “grupo da morte”, que inclui ainda Itália e Uruguai. O futebol, no entanto, driblou os planos dos dois torcedores que chegaram sábado à cidade e se divertiram na Savassi, a poucos metros um do outro. Enquanto o britânico irá ao Mineirão amanhã apenas para ver sua seleção cumprir tabela, o costa-riquenho viverá mais um capítulo do que definiu como “sonho brasileiro”. Na verdade, um sonho real, embora, ironicamente, a realeza seja britânica, inclusive, o príncipe Harry desembarca amanhã em BH para assistir à partida Inglaterra x Costa Rica, no Mineirão.


Acompanhado dos amigos compatriotas Gabriel Gonzales e Marco Hernandes, que aproveitaram a noite de sábado para participar da festa argentina na Savassi, o costa-riquenho aprovou a estrutura montada na cidade para a Copa. “O clima é da mais pura amizade. Tanto os argentinos, como os brasileiros estão muito contentes em fazer parte desse evento. Esperamos fechar com chave de ouro este sonho brasileiro e surpreender também os ingleses”, disse o torcedor, que momentos antes trocou uma camisa da Costa Rica por uma da Argentina.

Para os súditos da rainha Elizabeth II, o encerramento do Mundial em BH terá um gosto amargo. Mas a animação dos torcedores mineiros contagiou Todd e Danny, fanáticos pelo Leeds United, time da segunda divisão do futebol inglês. Já enturmados com um grupo de brasileiros, eles preferem esquecer o desempenho ruim do time. “O plano inicial era fechar uma ótima primeira fase aqui. De todo jeito, vamos em peso (ao Mineirão) e terminar de forma honrada”, afirmou Todd.

Outros ingleses pensam assim também. Mesmo com a eliminação precoce na competição, os ingleses começaram a marcar presença na festa desde sábado. “Já que não vamos bem em campo, vamos aproveitar para curtir a celebração dos brasileiros”, brincou o britânico Ben Whitmore, que ficará na capital até quarta-feira. Ele veio com o amigo Luke Wheatley da cidade de Leicester e ambos aprovaram também a organização do evento em BH. “Foi muito fácil chegar ao hotel e conhecer alguns pontos da cidade, sem nenhum problema. Talvez o que falta por aqui sejam mais pessoas que falem outras línguas”, comentou Ben.

 

RICHA HISTÓRICA

Ao saber que os torcedores argentinos haviam invadido a praça da Savassi, o inglês Michael Rowan, de 40 anos, ficou apavorado e pediu para que o taxista desse meia volta. As torcidas dos dois países costumam se estranhar mundo afora numa rivalidade que se sucedeu à Guerra das Malvinas, em 1982. “Há muita apreensão sobre a hostilidade dos argentinos. Como meu hotel fica justamente na Savassi, não tive como evitar o encontro com eles”, conta Michael. Mas, em vez de violência, o inglês se surpreendeu ao ver que os argentinos eram amigáveis e acabou festejando com os rivais. “Acho que a Copa é sobre amizade, não sobre rivalidade. Todos que vêm para o Brasil ,querem ver um bom futebol e confraternizar, conhecer as cidades e a cultura”, definiu.

Michael está na capital mineira há dois dias e ontem foi a Confins buscar três amigos que vieram de Londres. Em comum, nutriam dúvida sobre a hostilidade dos argentinos. “Soubemos pela internet que os torcedores da Argentina promoveram muita bagunça. Vimos imagens deles atirando garrafas na Savassi, onde vamos nos hospedar. É preocupante,”, disse um deles, o empresário Will Doans, de 56, ao lado de, Joel Holmes, de 26, o mais novo do grupo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)