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Estado de Minas

Empresas de transporte coletivo acumulam lucro de R$ 53,4 mi em quatro anos

Dado foi divulgado pela BHTrans na segunda-feira e integram estudo feito pela consultoria Ernst & Young


postado em 25/02/2014 06:00 / atualizado em 25/02/2014 07:25

Um lucro líquido de R$ 53,4 milhões. Esse foi o resultado dos empresários nos quatro primeiros anos das concessões do Sistema de Transporte Público por ônibus de Belo Horizonte, depois da renovação de 2008. Os estudos econômico-financeiros e a verificação do cumprimento às cláusulas contratuais por parte dos concessionários, foram anunciados pela prefeitura por meio da BHTrans, que divulgou os dadosna segunda-feira. A cada quatro anos, serão apresentados novos levantamentos, conforme consta no contrato de 20 anos assinado entre a administração municipal e os consórcios que prestam o serviço.

Apesar do lucro do período, ainda não há previsão de impacto nas tarifas do transporte coletivo. O diretor de Transporte Público da BHTrans, Daniel Marx Couto, esclareceu que somente a partir de março a empresa terá como um relatório conclusivo da consultoria Ernst & Young, contratada pela prefeitura para verificação independente dos contratos.

“A revisão de quatro anos é uma forma de recompor custos, a mais ou menos, de reequilibrar o sistema para cima ou para baixo. Os dados são fundamentais para a projeção dos 16 anos seguintes”, explicou. Daniel alertou sobre o risco de análises isoladas, lembrando que a concessão é de 20 anos, com taxa interna de retorno de 8,95% dos investimentos. “Nos primeiros quatro anos, corre-se o risco de encontrar um percentual bem abaixo no comparativo, já que os investimentos são recentes”.
Dos quatro anos, apenas 2012 apresentou resultados negativos, com prejuízo de R$ 25,9 milhões para os empresários. De uma receita operacional líquida de R$ 1.005 bilhão, o setor teve um custo operacional de R$ 913 milhões e ainda mais R$ 119 milhões em depreciação dos veículos. O diretor da BHTrans admite que em 2013, apesar dos benefícios de isenção tributária e suspensão da cobrança do Custo de Gerenciamento Operacional (CGO), a previsão não é de lucro líquido.

O resultado dos estudos, que vinha sendo reivindicado por representantes de movimento sociais, permitirá a projeção e avaliação de fluxos de caixas ao longo do prazo de concessão, até 2028. Com base nas projeções será calculado o coeficiente de reequilibro econômico dos contratos, mantendo a taxa de retorno da concessão de 8,95%. Porém, somente em março serão divulgados os dados finais. Para André Veloso, integrante do movimento “Tarifa Zero”, os estudos contemplam as reivindicações por informações sobre as receitas e custos do sistema, mas a falta de uma política de participação dos usuários no processo ainda deixa desconfiança sobre a gestão do sistema


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