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Estado de Minas

Paróquia define destino de frei Cláudio nesta segunda-feira

Frei Claúdio poderá permanecer na capital, embora sem exercer qualquer função na igreja localizada na Região Centro-Sul de Belo Horizonte


postado em 02/02/2014 06:00 / atualizado em 02/02/2014 08:19

No domingo passado, a missa das 11h foi impedida de ser realizada por um grupo de fiéis inconformados com a ausência de frei Cláudio no altar(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
No domingo passado, a missa das 11h foi impedida de ser realizada por um grupo de fiéis inconformados com a ausência de frei Cláudio no altar (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

Poderá ser definida, amanhã, a situação de frei Cláudio van Balen, de 80 anos, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, vinculada à Província Carmelita de Santo Elias. Depois de uma reunião, ontem, os superiores da Ordem Carmelita fizeram uma proposta ao religioso – o teor completo não foi revelado – que, em resumo, conforme apurou o Estado de Minas, permitirá a permanência de Van Balen na capital, embora sem exercer qualquer função na igreja localizada na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.


No domingo passado, a missa das 11h foi impedida de ser realizada por um grupo de fiéis que, inconformado com a ausência de frei Cláudio no altar – ele tradicionalmente era o celebrante nesse horário –, vaiou sacerdotes, bateu boca com outros católicos e protestou com gritos. A confusão exigiu a presença da Polícia Militar e teve como resposta a suspensão por tempo indeterminado da celebração eucarística dominical das 11h, numa decisão conjunta com a Arquidiocese de BH.


No seu site, a arquidiocese informou que “sempre respeitou a autonomia da ordem, responsável pela administração da Paróquia Nossa Senhora do Carmo. Em respeito, esperamos uma solução da Província Carmelita de Santo Elias (local e nacional) para a atual situação da paróquia”. E mais: “Ao longo de todos esses anos, a relação entre a Arquidiocese de BH sempre foi fundamentada no diálogo, respeito e convivência fraterna”. O titular da paróquia e recém-eleito prior provincial (superior) da ordem no Brasil para as regiões Sul e Sudeste, frei Evaldo Xavier Gomes, disse, ontem, que respeita e reconhece o trabalho de frei Cláudio em mais de 40 anos na paróquia. A Ordem Carmelita tem muita gratidão a ele.”
O EM tentou falar ontem com frei Cláudio, pelo telefone celular, mas não obteve resposta. Na quarta-feira, ele divulgou o texto “Um esclarecimento necessário”, no qual explica que estava ausente de BH, quando ocorreram manifestações imprevistas. “Informo que nada disso foi planejado. O que houve foi uma explosão emocional por parte de fiéis, que estranhavam a presença, previamente não anunciada, do pároco, frei Evaldo, que não costuma presidir a celebração nesse horário. Eu, responsável pela mesma, fui informado por terceiros de que estaria liberado da celebração. Ao saber disso, resolvi acompanhar um casal amigo à sua residência na vizinhança de BH.”

ADEUS A PADRE LIBÂNIO
Centenas de amigos, parentes, colegas de trabalho, alunos, autoridades religiosas e integrantes da comunidade jesuíta se despediram, ontem, do padre João Batista Libânio, que morreu quinta-feira, aos 81 anos, em Curitiba (PR), onde foi fazer uma palestra para professores de um colégio. Sob forte emoção e muitos aplausos, o corpo de um dos mais importantes teólogos do país e intelectual de renome foi sepultado às 17h, no Cemitério Bosque da Esperança, na Região Norte da capital. Às 8h, o arcebispo metropolitano de BH, dom Walmor Oliveira de Azevedo, celebrou missa de exéquias no auditório da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje), no Bairro Planalto, na Região Norte da capital, onde Libânio era professor de teologia. Dom Walmor destacou a importância do padre, que também atuou, durante três décadas, na Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes, em Vespasiano, na Grande BH.


“Ele era uma pessoa única. O seu maior legado está na formação de uma consciência crítica, a disponibilidade para com todas as pessoas e o dom do diálogo”, disse a sobrinha de padre Libânio, a professora de história da PUC Minas Ana Maria Coutinho. “Quando todos os parentes estavam reunidos, à mesa do almoço e jantar da casa da minha mãe, ele questionava de forma aberta sobre todos os assuntos. Gostava de dividir o seu conhecimento”, acrescentou a professora. Para o reitor da Faje, padre Jaldemir Vitório, “era um homem do nosso tempo, valorizava a tradição com tê maiúsculo”.
A presidente Dilma Rousseff enviou à família um telegrama de condolências. (Colaborou Paula Takahashi)


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