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Estado de Minas

Polícias Civil e Militar fecham cerco ao tráfico no Aglomerado da Serra

Mais de 20 mandados de prisão e busca e apreensão estão sendo cumpridos nesta sexta-feira. Na noite de ontem, dois homens foram presos com drogas e armas. Um deles pode ter envolvimento com uma gangue


postado em 31/01/2014 07:49 / atualizado em 31/01/2014 10:30

(foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)


Uma operação conjunta mobiliza as polícias Militar e Civil na manhã desta sexta-feira entre os aglomerados da Serra e São Lucas, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A ação começou às 6h com o apoio de dois helicópteros, além de outras unidades de apoio.

O objetivo é cumprir 26 mandados, sendo 23 de busca e apreensão e três de prisão, estes últimos contra membros da chamada Gangue do Pau Comeu, que atua no São Lucas e estaria em guerra com outras facções da Serra. Nesta manhã, um homem foi preso com uma arma. Ele estava acompanhado de um adolescente, que foi apreendido. Eles foram encaminhados ao Centro Integrado de Apoio ao Adolescente Autor de Ato Infracional (Cia-BH).

A força-tarefa de hoje é uma continuidade ao policiamento reforçado que começou na última semana com a instalação da Área Integrada de Segurança Pública (Aisp). Conforme a PM, as ações vão acontecer por tempo indeterminado e a qualquer hora do dia em repreensão ao tráfico de drogas.

Na noite de quinta-feira, também em uma operação policial no aglomerado, dois homens foram presos com drogas e uma arma. Segundo a Polícia Militar, sete homens foram vistos e um ponto de venda de drogas na Rua Caraça. Eles saíram correndo ao notar a presença da polícia, mas os militares aguardaram em becos na região e acabaram prendendo dois suspeitos.

Com Geovani Raimundo Modesto, de 21 anos, foram localizadas 11 buchas de maconha, um aparelho celular e dinheiro. Ramon Henrique da Cruz Queirós, também de 21, estava com uma pistola ponto 40 carregada, R$ 126 em dinheiro, oito pinos de cocaína e 36 buchas de maconha. Ainda segundo a polícia, Ramon já é conhecido pelo envolvimento com o tráfico e tiros no local, e é apontado como um dos cabeças da “Gangue da Igrejinha”. Ambos foram levados para a Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan). Os outros homens conseguiram fugir.

Desde a última semana, com a instalação Aisp no aglomerado, o clima entre policiais e traficantes é tenso. A guerra do tráfico também se intensificou e há denúncias de bandidos circulando armados entre comércios e moradores. Nos últimos dias, a PM registrou dezenas de ocorrências isoladas de tráfico de drogas, porte ilegal de armas, falsidade ideológica, além de apreensões de grande quantidade de entorpecentes e munição. No fim das contas, os registros fazem parte de uma megaoperação iniciada com a inauguração a Aisp. A polícia agora se faz presente no território que é o maior conjunto de favelas de Belo Horizonte, com cerca de 200 mil habitantes.

A implantação da unidade de segurança pública havia sido anunciada em março de 2013, pela então secretária-adjunta de Defesa Social de Minas Gerais, Cássia Virgínia Serra Teixeira Gontijo, em audiência na Assembleia Legislativa. A medida foi tomada depois de conflitos entre moradores da região e policiais militares. O primeiro deles aconteceu em 2011, após morte do padeiro J.C.S., 17, e do tio dele, o enfermeiro Renilson Veriano da Silva, 39, durante uma operação policial no aglomerado. O outro epIsódio foi em outubro de 2012, com a morte do servente de pedreiro Helenílson Eustáquio da Silva, que também foi baleado por militares.

(foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)


Ocorrências

Ontem foram registradas pelo menos quatro ocorrências no aglomerado. Na madrugada, um adolescente de 17 anos foi apreendido com uma pistola nove milímetros de fabricação israelense no Beco Canaan, na Vila Nossa Senhora de Fátima. Durante o dia, dois homens e uma mulher foram presos com drogas e armas. Um jovem de 18 anos também foi preso por falsidade ideológica. De acordo com a PM, Frederico Eduardo de Almeida de Souza foi abordado pelos militares e, ao ser questionado, se apresentou com o nome do irmão, que é menor de idade. No fim do dia, outro homem que tinha mandado de prisão em aberto foi preso.

No dia 29, o policiamento foi reforçado depois de uma denúncia de toque de recolher marcado para o entorno da Praça do Cardoso. O aviso anônimo foi recebido pelo 190. A ordem era para que comerciantes baixassem as portas dos estabelecimentos e moradores não saíssem de casa.

No dia 27, moradores da comunidade se revoltaram depois que um homem foi baleado por policiais militares durante uma incursão da PM no morro. As pessoas se juntaram próximo à Praça do Cardoso e hostilizaram os militares. O policiamento foi reforçado, inclusive com o helicóptero da corporação, para evitar confrontos. Os militares disseram que o suspeito chegou a apontar uma pistola em direção à viatura. Diante disso, os policiais fizeram três disparos, e um deles acertou a perna de Douglas Rafael Rodrigues de Oliveira. Uma pistola calibre .380 que estava com o rapaz baleado foi apreendida.


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