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Estado de Minas

Estrutura de clube na Pampulha fica sob suspeita após morte de menina

Polícia diz que falta de acesso a energia impediu uso de máquina para aspirar água que a menina engoliu


postado em 09/01/2014 06:00 / atualizado em 09/01/2014 07:11

Piscina do clube continua interditada para a polícia fazer levantamentos técnicos(foto: Paulo Filgueiras/EM/D. A Press)
Piscina do clube continua interditada para a polícia fazer levantamentos técnicos (foto: Paulo Filgueiras/EM/D. A Press)

Problemas estruturais teriam dificultado o socorro da menina Mariana Silva Rabelo de Oliveira, de 8 anos, que morreu afogada depois de ter os cabelos sugados pela tubulação do toboágua de uma das piscinas do Jaraguá Country Club, na Pampulha. A Polícia Civil já sabe que a chave da caixa de força que desliga a bomba de sucção não fica próximo ao brinquedo, o que dificultou a rápida retirada da criança da água, já que ela teve os cabelos, longos, presos ao ralo da tubulação. A distância das tomadas de energia em relação a piscina e a falta de cabos impediu que fosse ligado de imediato o equipamento para aspirar a água que a menina engoliu. As informações foram dadas ontem pelo delegado que apura o caso, Thiago de Oliveira Souza Pacheco, do 3º Distrito Policial de Venda Nova.

Ontem, além de ouvir o casal de tios de Mariana, que a levaram ao clube, o delegado pegou as declarações de uma das duas médicas sócias do clube que prestaram os primeiros socorros à criança e de um salva-vidas do Jaraguá. “Todos os depoimentos convergem para uma gama de problemas que contribuíram para o desfecho trágico. Além da tubulação da bomba de sucção do toboágua posicionada em local inadequado, ocasionando o acidente, o que se seguiu foram dificuldades estruturais para o socorro da menina, que ficou entre três e quatro minutos submersa e entre 10 e 15 minutos recebendo o primeiro atendimento sem as condições ideais”, disse o policial.

Segundo ele, a tia de Mariana e a médica não souberam dizer se o equipamento para aspirar a água engolida pela criança chegou a ser usado, bem como o desfibrilador. “As duas acompanharam a menina até o ambulatório e em seguida a equipe do Samu assumiu as manobras de reanimação. A médica deixou claro que Mariana foi levada desacordada até o ambulatório embora ela e a outra colega de profissão realizassem respiração boca a boca”, explicou. O delegado deve concluir o inquérito no fim do mês, mas já admite que os problemas estruturais que dificultaram o uso dos equipamentos necessários serão destacados na conclusão das apurações.

Laudo

Em princípio, o delegado Thiago Pacheco vai manter a piscina interditada, para possíveis levantamentos técnicos. Ele aguarda um parecer do Instituto de Criminalística, que já realizou três perícias no local, e pode fazer novas avaliações. Para o policial, a realização de uma simulação do acidente não vem sendo considerada, já os dados colhidos, inclusive os técnicos, têm permitido esclarecer as questões investigadas.

Em nota, o presidente do Jaraguá Club, Marco Faria, informou ontem que uma comissão interna vai apurar administrativamente o que ocorreu, indiferentemente das investigações policiais. E que, depois de divulgado o laudo oficial da polícia, vai se manifestar, dando os esclarecimentos necessários. Hoje o delegado Thiago vai ouvir a outra médica que prestou os primeiros cuidados, um funcionário do clube e um sócio que acompanhou a retirada da criança da piscina.


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