Valquiria Lopes
O dia de hoje promete dificuldades para motoristas e usuários do transporte coletivo que se deslocam da Região Leste para a área central de Belo Horizonte, passando pela Avenida do Contorno e pelo Viaduto da Floresta. Uma cratera de aproximadamente dois metros de diâmetro e um metro de profundidade se abriu em frente a um ponto de ônibus na altura do número 1.341, atrapalhando o fluxo de veículos no local. O buraco também impede que passageiros do transporte público embarquem ou desembarquem nos coletivos com segurança, próximo à calçada. Apesar de o problema ter começado na noite de sábado, nenhuma providência para consertar o pavimento foi tomada ontem, quando o fluxo de veículos era menor do que durante a semana.
A situação nas proximidades já havia se complicado após as mudanças feitas no início de outubro nas ruas da Bahia, Caetés e Guaicurus, de acordo com o comerciante Fausto Teixeira, de 65. Dono de uma banca de revistas em frente ao local onde se abriu a cratera, ele diz que as intervenções no Centro provocaram reflexos no Bairro Floresta. “Os congestionamentos têm sido constantes. No horário de pico, então, fica muito ruim. Qualquer medida para fechar essa cratera já deveria ter começado a ser tomada hoje (ontem), que é domingo e o trânsito é mais tranquilo”, diz.
Fausto foi um dos primeiros a constatar o problema na Avenida do Contorno, na noite de sábado. “Eu cheguei à banca por volta das 19h e meu filho disse que o asfalto havia acabado de ceder. De imediato, ele e funcionários de um supermercado em frente sinalizaram o local e acionaram a BHTrans.” O chamado, no entanto, não foi atendido prontamente. “Precisamos ligar umas seis vezes, e eles ainda demoraram uma hora para chegar”, conta. De acordo com Fausto, tudo começou com uma pequena depressão no pavimento. Depois da passagem de um ônibus, o piso cedeu.
Bom conhecedor da região, o comerciante alertou sobre o impacto da cratera. “Se as providências não forem tomadas rapidamente, o problema pode se agravar por causa da chuva. Isso é ruim para motoristas, pedestres e até mesmo para o comércio”, disse. Colocar fim ao problema, no entanto, depende ainda da identificação do responsável pelo conserto. Enquanto a Prefeitura de BH informa que o buraco se abriu por um problema na rede coletora ou na de esgoto da Copasa, a companhia diz que somente depois de vistoria marcada para hoje será possível ter certeza sobre as causas da erosão. Segundo a empresa, uma equipe vai analisar a situação do local, com suporte da BHTrans, que será responsável pela operação do trânsito durante o trabalho.