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Estado de Minas

Casa de mãe que doou o bebê é incendiada em Contagem

De acordo com o Corpo de Bombeiros, um dos quatro cômodos da casa ficou destruído pelo fogo. Ninguém ficou ferido. A advogada da mulher confirmou o fato


postado em 01/12/2013 08:45 / atualizado em 01/12/2013 09:19

Vários objetos foram destruídos pelo incêndio criminoso(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)
Vários objetos foram destruídos pelo incêndio criminoso (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)

A casa da gerente de lanchonete Renata Soares da Costa, de 19 anos, que confessou ter doado o próprio filho de dois meses de idade para um casal do Rio de Janeiro, foi incendiada na madrugada deste domingo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo atingiu um dos quatro cômodos da residência. Não havia nenhuma pessoa no imóvel no momento da ocorrência.

Veja mais imagens do incêndio

Segundo a Polícia Militar (PM), vizinhos acionaram a corporação quando o fogo se espalhou. Nenhum suspeito do crime foi encontrado. A área próximo ao imóvel, localizado no Bairro Icaivera, em Contagem, na Grande BH, foi isolada para o trabalho da perícia.

Vizinhos contaram que o fato aconteceu por volta das 4h. A movimentação de pessoas no local começou às 0h de domingo. Os suspeitos do crime ainda não foram localizados. Vários objetos pessoais foram queimados, além de uma mesa, colchão e outros móveis.

A advogada de Renata, Claudinéia de Souza Gonçalves de Araújo, confirmou que a casa da cliente sofreu um atentado. “Não sabemos maiores detalhes. Não tinha ninguém na residência, mas se tivesse teria morrido todo mundo. A Renata está arrasada com tudo isso. Estou com as chaves do local e mais tarde irei ver direito o que aconteceu”, afirmou.

Na última sexta-feira, quando a gerente deixou o Complexo Penitenciário Estevão Pinto, no Bairro Horto, Região Leste de Belo Horizonte, onde estava presa desde 25 de novembro, a advogada já imaginava que poderia acontecer retaliações com sua cliente. “Vamos arrumar um lugar seguro para ela ficar. Estamos com medo de ela ser linchada por vizinhos”, disse Claudinéia Araújo na ocasião.

A gerente Renata Soares (Dir.) deixou a prisão na última sexta-feira(foto: Reprodução TV Alterosa)
A gerente Renata Soares (Dir.) deixou a prisão na última sexta-feira (foto: Reprodução TV Alterosa)


Entenda o caso

A mãe da criança procurou a polícia por volta de 14h de sábado, quando estava no Centro de BH para comprar um presente para a cunhada. Renata disse que foi abordada por um casal de orientais, que estava acompanhado de um brasileiro armado. Os três tomaram o bebê do colo da mãe e fugiram em um carro preto.

Na versão da mulher, o rapto aconteceu próximo à passarela do metrô da Estação da Lagoinha, no Centro de BH. A mãe desceu do trem, andou pela passarela de pedestres até a esquina das ruas 21 de Abril com Oiapoque, na região dos shoppings populares.

Na última segunda-feira, a Polícia Civil pressionou a mãe da criança depois de receber uma denúncia anônima. Conforme o delegado Vanderson Gomes, chefe do Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil (Deoesp), Renata confessou o crime e disse que entregou o bebê para um casal do Rio de Janeiro nas imediações da rodoviária de Belo Horizonte, na tarde do último sábado.

Depois da confissão da mãe, a polícia mineira acionou a Delegacia Antissequestro (DAS) do Rio de Janeiro. Com as informações, os agentes conseguiram encontrar a criança em uma casa em Vila Valqueire, entre Jacarepaguá e Bangu. O casal de adolescentes foi detido.

Segundo a Polícia Civil, a negociação da entrega da criança aconteceu através de um site. Desde o dia 4 de novembro, Renata trocou 97 e-mails com o casal carioca que recebeu o bebê. Ela afirmou que entregou o bebê, pois tinha dúvidas em relação a paternidade.

Ao deixar a prisão na última sexta-feira, Renata pediu desculpas ao pai da criança, o vigilante Johney Nulhia. “Quero pedir perdão a Deus e ao meu filho. Peço desculpas à minha família e ao Johney. Me arrependo demais, foi um ato inconsequente, mas estou pagando por tudo que fiz”, afirmou. Em relação ao filho, a gerente afirmou que vai lutar pela guarda. “A distância do meu filho é o que mais dói. Acho que a distância de Johney é irreversível. Do meu filho, eu vou correr atrás, ele nunca deixou de ser meu filho e nunca vai deixar de ser. Vou brigar por ele até o último dia da minha vida”, disse chorando.


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