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Estado de Minas

Confronto em Contagem termina com cinco manifestantes presos e três PMs feridos

De acordo com a PM, mais de 2 mil pessoas participaram do protesto contra a retirada de famílias da ocupação William Rosa, perto da CeasaMinas no Bairro Laguna


postado em 02/11/2013 12:45 / atualizado em 02/11/2013 12:58

(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

O confronto entre manifestantes e policiais no fim da noite de sexta-feira em Contagem, na Grande BH, terminou com cinco pessoas presas e três militares feridos. De acordo com a PM, mais de 2 mil pessoas participaram do protesto contra a retirada de famílias que ocuparam um terreno de 200 mil metros quadrados da CeasaMinas no Bairro Laguna. O grupo voltou a fechar a BR-040 e duas avenidas por cerca de duas horas na noite de ontem.


De acordo com o boletim de ocorrência da PM, os presos foram encaminhados para a Delegacia de Plantão de Contagem porque os policiais os identificaram como agressores. Segundo a corporação, os manifestantes jogaram pedras, pedaços de madeira e a PM respondeu com balas de borracha e bombas.

Um cabo da PM teve o braço fraturado quando manifestante o derrubaram no chão e bateram com pedaços de pau. Um soldado foi atingido por uma pedra na cabeça e sofreu um corte. Outro militar que participava do cordão de bloqueio, montado na avenida interditada, também foi ferido por uma pedrada na cabeça. Os três feridos já foram liberados do hospital.

(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Por causa do protesto, o engarrafamento, nos dois sentidos da BR, passou de 15 quilômetros. Revoltados, os ocupantes deixaram a rodovia por volta das 21h30 e entraram em confronto com militares perto do acampamento.

O protesto, segundo as lideranças, foi uma resposta à negativa do prefeito de Contagem, Carlin Moura, de receber o grupo. A manifestação começou por volta das 19h30, Quando chegaram à rodovia federal, os moradores da ocupação William Rosa decidiram fechar todas as pistas da rodovia e avenidas Helena de Vasconcelos e Severino Ballesteros, pondo fogo em pneus. Motoristas que tentavam furar o bloqueio eram ameaçados com pedras. Inicialmente, o protesto foi tranquilo com agentes da Polícia Rodoviária Federal na BR e PMs no viaduto que liga as avenidas.

Às 21h20, com a chegada do helicóptero da PM, os manifestantes deixaram a rodovia e foram em direção à Avenida Severino Ballesteros, temendo a reintegração de posse da área, já decidida pela Justiça. Dois policiais rodoviários conseguiram desobstruir as pistas da O40. Na Severino Ballesteros, perto do acampamento, os sem-casa jogaram pedras em viaturas, policiais militares e guardas municipais de Contagem.  

Somente às 23h chegou ao local o grupo do Batalhão de Choque. Os manifestantes prometeram reagir  a qualquer tentativa de reintegração de posse do terreno, que estaria marcada para segunda-feira.

Mais cedo, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), representada pelo deputado Rogério Correia (PT), visitou a ocupação William Rosa. De acordo com a ALMG, 3.900 famílias habitam um terreno reivindicado pela Ceasa, desde 11 de outubro, numa área de 210 mil m². Do total aproximado de 16 mil pessoas, 5 mil são crianças e 1,5 mil idosos.


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