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Estado de Minas

Antigo cemitério reaparece por causa da seca em Janaúba

O ressurgimento de cerca de 20 sepulturas atraiu curiosos e parentes de pessoas enterradas no local que fica perto da barragem do Bico da Pedra


postado em 18/09/2013 10:37 / atualizado em 18/09/2013 10:43

(foto: Jornal da Serra Geral)
(foto: Jornal da Serra Geral)

A estiagem prolongada criou um cenário curioso em Janaúba, no Norte de Minas. Como o nível da barragem do Bico da Pedra, que está com apenas 26% de sua capacidade, baixou 13 metros, um antigo cemitério inundado para construção da represa, no fim da década de 1970, reapareceu na localidade de Taquaril. O ressurgimento de cerca de 20 sepulturas, fotografadas pelo radialista Sandoval Barbosa de Souza e postadas na internet, atraiu curiosos e parentes de pessoas enterradas no local. “Quem não acreditou e achou que era montagem foi até o lugar conferir”, conta Sandoval.

“Vieram também moradores de Jaíba, Porteirinha e de outras localidades, puseram flores, acenderam velas e rezaram para os parentes sepultados”, completa a mulher de Sandoval, Ivanilda Maria Costa. Ela informou que um tio foi enterrado no terreno e que a mãe dela, também foi ao antigo cemitério rezar por ele. A barragem do Rio Juramento (Sistema Rio Verde Grande), que faz67%do abastecimento de Montes Claros, também está com nível baixo e apenas 30% de capacidade, que representa risco de racionamento na cidade entre outubro e dezembro.

O departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) anunciou medidas para acelerar a construção da barragem de Congonhas, para garantir o abastecimento. Inserida no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, a barragem de Congonhas está orçada em R$ 230,5 milhões. O Dnocs informou que a licença ambiental prévia foi aprovada e que a obra será licitada neste ano. O projeto prevê transposição de águas da barragem de Congonhas para a bacia do Verde Grande, onde é feita a captação para abastecimento de Montes Claros. O coordenador estadual do órgão em Minas, Marco Antônio Graça, disse que para cumprir as condicionantes ambientais, o governo autorizou a liberação de R$ 100 milhões.

“A barragem no Rio Congonhas será a salvação para o Norte e Vale do Jequitinhonha, pois vai tirar Montes Claros da ameaça de colapso e revitalizar a bacia do Rio Verde Grande”, afirmou Câmara.


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