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Estado de Minas

"Ele já disse o que merece", diz promotor sobre confissão de Frederico Flores

Líder do Bando da Degola quebrou o silêncio e falou sobre os crimes pela primeira vez


postado em 12/09/2013 12:50 / atualizado em 12/09/2013 12:54

O promotor Francisco Assis Santiago começou às 11h47 a fase de debates no II Tribunal do Júri na sessão de julgamento do líder do Bando da Degola, Frederico Flores. O representante do Ministério Público aproveitou a fala do acusado, que declarou culpa no tribunal. "Ele já disse o que merece", afirmou o promotor se dirigindo aos sete jurados. A acusação tratou o caso como um dos crimes mais violentos de Belo Horizonte e se mostrou firme na tentativa de condenar os oito envolvidos na trama.

Mesmo com as declarações do réu, o promotor relembrou o crime, as ações violentas e os interesses financeiros de Flores na relação com as vítimas Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39. Segundo o promotor, as falas de Flores nesta quinta-feira apenas reforçam as provas robustas do processo que já incriminam o réu. "Mataram, jogaram finca (nos corpos), dançaram sobre os corpos", disse Santiago. Destacou que o pior nesse processo foi a festa de confraternização (churrasco) organizada pelos envolvidos um dia depois dos homicídios. O promotor ainda ironizou a fala do réu quando disse no salão do júri que encontrou Jesus na cadeia. "Deus está muito longe deles. Na hora de extorquir, matar, de ser violento ninguém pensa em Deus". "Eu que sou católico fico a imaginar a violência. Esses crimes, seguramente, são uns dos mais bárbaros. É extremamente violenta a participação de cada um dos elementos. Lembrando que não estamos lidando com elementos da periferia, do aglomerado%u201D, disse o promotor. Para a acusação, a confissão do réu %u201Csignifica dizer: eu tenho que ser condenado". Durante a apresentação, a promotoria explicou aos jurados como se configura cada um dos crimes da acusação: homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, extorsão, formação de quadrilha e ocultação de cadáver. Para convencer os sete jurados, Santiago mostrou fotos anexadas ao processo em que são mostrados os corpos de Rayder e Fabiano decapitados. Por fim, encerrou a exposição dizendo que a semi-imputabilidade de Flores é indiscutível, pois está provada em laudo do IML. O documento mostra que Flores é capaz de entender os fatos, mas não é capaz de determiná-los. Portanto, o promotor já está convencido de que, em caso de condenação, a pena será reduzida de um a dois terços. Santiago encerrou as acusações às 11h49, quando o juiz Glauco Fernandes pediu suspensão da sessão para intervalo de 40 minutos. Em seguida, a defesa se apresentará.


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