A ampliação de leitos hospitalares e de serviços em Belo Horizonte tem tornado a capital capaz de dar conta de atender toda a demanda de pacientes que chegam do interior para consultas especializadas, cirurgias e internações de urgência ortopédicas, cardiológicas e vasculares, diz o secretário municipal de Saúde, Marcelo Teixeira. “Entretanto, é desejável que as pessoas sejam atendidas mais perto das suas casas, com a descentralização progressiva dos atendimentos envolvendo parceria dos municípios, estado e governo federal”, disse.
Para a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a grande concentração de pacientes em BH não é característica exclusiva da capital mineira. Todos os estados vivem o mesmo conflito, justificado pela grande concentração de serviços e tratamentos, de tecnologia de ponta e de cursos de especialização, informou a SES, ressaltando a dificuldade de fixação de profissionais no interior.
De acordo com a secretaria estadual, investimentos na rede hospitalar têm melhorado as instalações, a capacidade de gestão dos hospitais e ampliado oferta de tratamentos, cirurgias e atenção nas urgências e emergências. A aquisição de equipamentos de alta tecnologia também tende a melhorar a assistência em todas as regiões. “Simultaneamente, estamos construindo, equipando, capacitando equipes e implantando modelo de atenção em saúde com foco na ampliação de oferta de serviços de média complexidade ou atenção secundária nos municípios de médio porte”, informou a SES.
O secretário Marcelo Teixeira afirma que a capital é o polo macrorregional da Região Central de Minas. “São 13 macrorregiões, entre elas Uberaba, Uberlândia, Montes Claros, Divinópolis e Barbacena. Mesmo aqui perto, Sete Lagoas é considerado um polo auxiliar de alta complexidade. Temos 75 microrregiões em Minas, nas quais temos, dentro do planejamento estadual, o atendimento de média complexidade, como os hospitais gerais de Betim e Contagem”, explicou.
