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Estado de Minas

Cavaquinista e compositor Waldir Silva será enterrado nesta segunda-feira


postado em 02/09/2013 00:12 / atualizado em 02/09/2013 07:24

Ailton Magioli



(foto: Lilian Macedo/Divulgação)
(foto: Lilian Macedo/Divulgação)
A seresta mineira está de luto. Morreu ontem, no Hospital Biocor, o cavaquinista e compositor Waldir Silva, de 82 anos, vítima de pneumonia. O músico deixou quatro filhos, dois netos e a viúva Irene Magalhães, de 80 anos. Ao receber a notícia da morte do marido, ela passou mal e foi internada em Belo Horizonte. O velório é realizado na Casa da Paz, no Bairro Bonfim. O enterro será hoje, às 13h, no Cemitério do Bonfim.

Mineiro de Bom Despacho e criado em Pitangui, Waldir Silva chegou a Belo Horizonte aos 17 anos e já tocava seu inseparável cavaquinho, com o qual fez fama. Mestre do instrumento, chegou a se apresentar com o xará Waldir Azevedo, além de se destacar com o Conjunto Waldir Silva, que animou bailes e shows por mais de 30 anos.

O cavaquinista se tornou conhecido também por realizar o projeto Minas ao luar, em parceria com o Sesc-MG. Por 20 anos, Waldir levou a seresta para praças de todo o estado. Esse evento vai prosseguir com o conjunto liderado por seu irmão, o guitarrista e cantor Mauro Silva.

Amigos e músicos lamentaram a morte do mestre do cavaquinho. “Triste... Foi-se embora meu querido Waldir Silva”, comentou o violonista Geraldo Vianna nas redes sociais. Ele produziu alguns discos do veterano. Waldir chegou a dizer-lhe que não poderia morrer sem gravar temas populares do repertório erudito.

“Nossas notas musicais nascem espontaneamente do nosso modo de ser e de sentir o mundo”, escreveu o cavaquinista em seu site oficial (www.waldirsilva.com.br). “É como se buscássemos a inalcançável perfeição das formas, a riqueza das imagens e o poder da sugestão para explicar nossos sentimentos”, resumiu no tocante depoimento. Com cerca de 35 discos gravados, Waldir se consagrou com a seresta e o choro. Mas se dedicou a outros gêneros, conquistando fãs de várias gerações.

“Perdemos o grande nome da música regional de Belo Horizonte”, lamentou o violonista Silvio Carlos, do Clube do Choro, que integra o grupo Flor de Abacate. “Grande compositor, ele se preocupava também em registrar a obra de grandes mestres como Zequinha de Abreu e Ernesto Nazareth. Além disso, gravou discos com sucessos de gêneros populares como bolero e tango”, lembrou Silvio. Nas redes sociais, os fãs se despediram do mestre. “Waldir Silva, adeus com Deus, obrigado pela música e o carinho com o mundo”, escreveu o produtor Amilton C. de Faria.

 

 


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