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Estado de Minas

Manifestações deixaram lições sobre planejamento e inteligência para 2014


postado em 22/07/2013 00:12 / atualizado em 22/07/2013 07:23

 

A Copa das Confederações e as manifestações que tomaram conta principalmente dos dias de jogos com enfrentamento e muita quebradeira em Belo Horizonte deixam duas lições, segundo o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz. Para ele, as vidas dos manifestantes devem ser preservadas e não pode haver mais, em 2014, o risco de queda no Viaduto José Alencar, o que ele mesmo vai articular com órgãos responsáveis. No que diz respeito à segurança, o secretário faz um balanço, quase um mês depois do início das manifestações, e admite que a dimensão dos movimentos não era esperada. Ferraz afirma que há muito o que fazer em termos de planejamento e inteligência, mas não pensa em investir na compra de canhão de água, como fez o Rio de Janeiro, e outros equipamentos para conter distúrbios e dispersar multidões porque considera boa a estrutura existente na polícia hoje.

“Precisamos ter temperança, o que não é nada fácil quando se tem uma multidão e um grupo minoritário que se envolve às manifestações com outros objetivos. Mas nós não seremos surpreendidos mais”, afirmou em entrevista ao Estado de Minas. “A Copa das Confederações e as manifestações que aconteceram naquele período acabaram sendo um teste de dimensões inesperadas. Isso nos preocupou muito e nos preocupa para a Copa do Mundo. Se tiverem nova chance, vão voltar para quebrar mais. A Copa das Confederações foi um momento de muita tensão entre os governantes do país e até de certa dificuldade, talvez, de como reagir e enfrentar essa situação”, avaliou Rômulo Ferraz.

O secretário considera que o tempo de ação da polícia pode ser melhorado para conter os vândalos infiltrados que depredam patrimônio particular e aqueles que se aproveitam dos tumultos para realizar saques. No entanto, defende que a decisão tomada pelo comando da PM, na semifinal do Brasil, foi a mais acertada. “Não dava para agir naquele momento porque havia muitos curiosos por perto”, explicou. “Mas precisamos melhorar nossa atuação para minimizar essa destruição. Se houve danos ao patrimônio muito mais do que o esperado e do que a gente gostaria, foi para preservar vidas, porque o risco maior do embate era o viaduto, que estava cheio de gente.”

INVESTIGAÇÃO Dos 59 indiciados por danos ao patrimônio, furto, roubo e incêndio, 60% não tinham passagem pela polícia, segundo a delegada titular da Regional Leste, Gislaine de Oliveira Rios. Para evitar que os vândalos assinem um termo circuntancial de ocorrência (TCO) e respondam em liberdade, a polícia também tenta identificar aqueles que participavam dos ataques em grupo, com amigos e conhecidos, indiciando-os por formação de quadrilha. “Estamos trabalhando em concurso material, juntando os crimes, para reforçar as condutas”, disse a delegada, que esta semana divulgou imagens de 28 rapazes que estavam encapuzados e se envolveram em vandalismo, depredação e saques.

Depois da divulgação das filmagens, o Disque Denúncia Unificado recebeu 20 ligações com informações sobre os acusados. Cinco já foram identificados. Segundo a delegada, análise das gravações permitiu realizar a abertura de mais 44 inquéritos até o momento, com a investigação de cerca de 80 pessoas, entre as quais 28 ainda não estavam identificadas. A polícia pedirá a prisão de todas elas. (PS)


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