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Estado de Minas

Bombeiros e Polícia Civil vão investigar morte de sargento após incêndio na Savassi

Sargento foi achada em elevador depois que chamas foram debeladas. Corporação apura episódio


postado em 19/07/2013 06:00 / atualizado em 19/07/2013 06:49

Ao saber da morte, colegas de farda da vítima precisaram ser amparados(foto: João Miranda/Esp. EM/D.A Press)
Ao saber da morte, colegas de farda da vítima precisaram ser amparados (foto: João Miranda/Esp. EM/D.A Press)


A morte de uma militar do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros durante atendimento a uma ocorrência na Savassi, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, será alvo de investigação interna da corporação, além de inquérito na Polícia Civil. A sargento Fernanda Ferreira Patrocínio de Oliveira, de 33 anos, morreu no começo da noite dessa quinta-feira, quando atuava no combate a um incêndio no apartamento 802 do Condomínio Residencial Solar das Águias, na Rua Tomé de Souza, 1.400. O fogo já havia sido debelado quando ela foi encontrada caída, inconsciente, dentro de um dos dois elevadores do prédio, de 11 andares.

A sargento estava à frente de uma das guarnições e foi vista entrando no edifício sem equipamentos de segurança. “Nós, moradores, estávamos do lado de fora quando ela desceu, bastante suada e demonstrando exaustão. A sargento fez um relato da situação a um oficial e ele determinou que ela colocasse a máscara com cilindro de oxigênio antes de voltar ao prédio. Ela parecia cansada, como se tivesse participado de uma maratona”, contou um morador, que pediu para não ser identificado.

O major Wallace Tardim, subcomandante do 1º BBM, explicou que em toda ocorrência que envolve adversidade é realizado um estudo detalhado das circunstâncias do episódio por um grupo de pesquisa da corporação. Nesse caso, um dos pontos de análise será a razão que levou a sargento pegar o elevador, já que o procedimento comum é o uso das escadas, como admitiu Tardim.

O subcomandante acrescentou que, pelo fato de o edifício em que ocorria o incêndio ser de pequeno porte, a ausência da militar por um ou dois minutos não poderia ser considerada indício de problema. Ele disse ainda que, dependendo do estágio em que está a ocorrência, o deslocamento individual de um dos militares não é considerado atitude de risco. No caso de ontem, a duas equipes que estavam no local tinham dado como finalizado o combate ao fogo.

A arquiteta Ana Flávia Guimarães, moradora do 11º andar do edifício, contou que estava em casa com dois filhos quando foi alertada sobre o incêndio. “Descemos pela escada e a evacuação do prédio ocorreu de forma tranquila. O trabalho dos bombeiros foi realizado sem maiores problemas e a militar que morreu foi uma dos que ajudaram a retirar os moradores.” O fogo teve início por volta das 15h30, numa suíte do apartamento 802. A filha da proprietária e uma empregada tinham saído e quando retornaram viram que saía muita fumaça do imóvel.

Fumaça


O namorado de uma moradora foi quem encontrou a sargento caída no elevador. “Os bombeiros liberaram para que os moradores subissem para ver como estavam seus apartamentos. Perguntei se podia usar o elevador e um deles me respondeu que sim. Quando a porta abriu, vi a militar sentada no chão e gritei por socorro. Ela estava com equipamento de segurança, porém imóvel”, contou o homem, que preferiu não se identificar. Ele acrescentou que quando o elevador se abriu havia muita fumaça no ambiente.

A militar foi localizada por volta das 18h. Seus colegas a retiraram imediatamente do local e passaram a fazer manobras para ressuscitá-la. Com a chegada de uma ambulância, foram realizadas novas tentativas, com uso de aparelhos, mas Fernanda não reagiu.

O clima de comoção era grande entre os colegas de farda, moradores da rua e pessoas que passavam pelo local. Os companheiros de equipe, acostumados a presenciar tantas tragédias, tiveram que ser amparados por outros militares. O major Tardim disse que a sargento sofreu parada cardiorrespiratória e que as causas da morte ainda serão apuradas. De acordo com ele, Fernanda Ferreira, recém-casada com um militar da corporação, estava nos Bombeiros havia cerca de cinco anos e era uma profissional exemplar, sempre atuando na linha de frente.


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