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Estado de Minas

Marido de bombeira morta após incêndio critica investigação da corporação

Rodrigo Otávio Patrocínio, que também é soldado dos bombeiros, montou um dossiê criticando alguns pontos da operação no dia da morte


postado em 02/09/2013 14:54 / atualizado em 02/09/2013 19:59

O marido de uma militar do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros que morreu durante o combate a um incêndio na Savassi, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, questiona as investigações da corporação sobre o caso. A sargento Fernanda Ferreira Patrocínio de Oliveira, de 33 anos, foi encontrada morta em 18 de julho em um elevador do Condomínio Residencial Solar das Águias, na Rua Tomé de Souza. Rodrigo Otávio Patrocínio diz que a família não recebeu o apoio necessário dos bombeiros e também critica o fato de que as policias Civil e Militar não foram acionadas no dia do óbito.

Rodrigo, que é soldado dos bombeiros, montou um dossiê com várias observações sobre a investigação. Apesar do inquérito ter sido instaurado, a família da sargento ainda tem várias dúvidas sobre o fato. “Durante o incêndio, a Fernanda coordenou as atividades. Como que um morador vai encontrar a militar tempo depois que o prédio tinha sido liberado por um oficial. De acordo com os boletins de ocorrências foi instaurado um posto de comando, só que neste local teria que ser feito a contagem dos militares”, crítica o soldado.

Outro ponto questionado pelo militar, é sobre os procedimentos realizados durante o incêndio. Como o corte de energia sem averiguar se outras pessoas ainda estavam no imóvel. “A questão é quem deu ordem para cortar a energia sem detectar a presença de alguém. Pode ter sido a própria Fernanda, por ela ser a chefe da guarnição de combate ao incêndio, ou o tenente (Coordenador das atividades). Se ela entrou no elevador é porque ele estava em condições de uso. E ninguém se preocupou em verificar se tinha alguém lá dentro antes de desligar. Acredito também que a Fernanda tenha sido vítima de um psicopata, ou de alguém que aproveitou a situação de desatenção da equipe e jogou ela dentro do elevador ou até mesmo vítima de um desafeto que ela tem na corporação”, afirma Rodrigo.

Durante a ocorrência, Fernanda não pediu ajuda nem pelo rádio comunicador ou pelo celular. Isso ainda é um mistério para a família. “Até agora não foi explicado aonde está o HT, o rádio comunicador que a Fernanda devia estar usando. O celular dela foi entregue a família 12 horas depois do ocorrido”, explica o soldado.

Em tom de desabafo, Rodrigo pede uma solução rápida para o ocorrido. “O que agente quer é soprar essa cortina de fumaça que colocaram sobre a morte da Fernanda, porque temos a impressão que a sujeira está sendo varrida para debaixo do tapete”.

Em nota, o Corpo de Bombeiros afirmou que um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto com um prazo de conclusão de até 40 dias, que podem ser prorrogados por mais 20. Em 13 de setembro as investigações devem ser concluídas. Os bombeiros informaram que “é interesse da corporação esclarecer, o quanto antes, as circunstâncias que envolveram o ocorrido”.


A entrevista dada pelo militar a TV Alterosa você pode conferir na íntegra no vídeo abaixo


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