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Estado de Minas

Segundo jovem que morreu depois de cair de viaduto será enterrado hoje

Família e amigos velam corpo do segundo rapaz morto devido à queda de viaduto durante protestos na Copa das Confederações. Hospital libera último paciente ferido em tumultos


postado em 13/07/2013 06:00 / atualizado em 13/07/2013 07:10

Parentes estiveram no IML para liberar o corpo de Luiz Felipe, que será sepultado no Cemitério da Paz(foto: Marcelo Sant'ana/EM/D.A Press)
Parentes estiveram no IML para liberar o corpo de Luiz Felipe, que será sepultado no Cemitério da Paz (foto: Marcelo Sant'ana/EM/D.A Press)
Será sepultado hoje, às 10h, no Cemitério da Paz, no Bairro Caiçara, Região Nordeste da capital, o corpo do jovem Luiz Felipe Aniceto de Almeida, de 22 anos, segunda vítima de queda do Viaduto José Alencar, na Avenida Antônio Carlos, na Região da Pampulha, durante as manifestações populares em Belo Horizonte na Copa das Confederações. Depois de 19 dias internado, o funcionário da unidade de atendimento integrado (UAI) da Praça Sete não resistiu às complicações causadas pelas infecções, especialmente uma pneumonia, e faleceu no Hospital de Pronto-Socorro João XXII na noite de quinta-feira.


O governador Antonio Anastasia lamentou ontem a morte do jovem. “Transmito minha solidariedade aos familiares e amigos do Luiz Felipe neste momento de profunda dor”, afirmou. Segundo a Fhemig, não há mais nenhuma pessoa internada em consequência de ferimentos sofridos em movimentos populares, já que o adolescente Caio Augusto Costa Lopes, de 17, que também caiu do viaduto no dia 22, teve alta na noite de quinta-feira.

Em meio às lágrimas pela perda do filho, o vigia noturno Secundo Aniceto, de 53, parecia ontem não acreditar que o sonho do caçula de se tornar mecânico de aeronaves foi interrompido. “Não sei como meu filho caiu do viaduto, mas ele não era um vândalo”, desabafou. Enquanto aguardava a liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML), com a carteira de trabalho de Luiz Felipe em mãos, ele contou que viveu com o caçula até ele completar 12 anos, quando se separou da mãe do jovem. Mesmo assim, os dois tinham uma ótima relação e sempre se falavam.

“Estava terminando de pagar uma geladeira. Agora já estava me preparando para ajudá-lo a pagar um estágio em São Paulo”, diz o pai, referindo-se a treinamento técnico de mecânico de aeronaves, completado por Luiz Felipe. Segundo o irmão, Luciano Aniceto, de 26, Felipe tinha a intenção de ir à capital paulista prestar prova de certificação que lhe daria mais condições de consertar aviões e helicópteros.

Luciano, que mora com a mãe em Ribeirão das Neves, na Grande BH, disse que irmão era muito ligado à família, especialmente depois que teve uma filha, hoje com 1 ano. “Acima de tudo, era um cara bem-humorado. Quando você olhava para ele, sempre o via alegre e contente”, diz. No curso técnico a situação era a mesma, como conta o amigo Welbert Chaves, 19, que se formou com o jovem no Polimig. “Ele era muito dedicado durante as aulas. Estudava e trabalhava sempre com bastante empenho”, diz o colega.

O irmão afirma ainda que a mulher de Luiz Felipe e a mãe dos dois estão inconsoláveis. No dia 22, quando Japão e México se enfrentaram no Mineirão, ele foi até o Viaduto José Alencar protestar por um mundo melhor. “Ele buscava conhecer a sociedade para reivindicar melhores condições para a população. Perdemos um cara legal, inteligente, educado e um ótimo irmão”, diz ele.

SEIS VÍTIMAS Nos dias 17, 22 e 26 de junho, datas das partidas que ocorreram no Mineirão durante a Copa das Confederações, seis pessoas caíram do Viaduto José  Alencar, que faz a conexão entre as avenidas Antônio Carlos e Abrahão Caram. Além de Luiz Felipe, Douglas Henrique de Oliveira Souza, 21, também morreu depois de despencar da estrutura no dia do jogo entre Brasil e Uruguai.

Dos três que ainda estavam internados, segundo a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), Caio Augusto Costa Lopes, de 17, recebeu na noite de quinta-feira alta do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Já haviam sido liberados Gustavo Magalhães Justino, de 18, e Rafael Couther Gomes, de 22, que se recuperavam no Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova.


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