Sandra Kiefer
A Comissão de Direitos Humanos da seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) faz investigação própria sobre as circunstâncias da morte de Douglas Souza. Segundo o presidente da comissão, William Santos, que na quinta-feira passada ouviu o depoimento da mãe, há divergências nos horários
informados da morte do jovem e na causa da morte relatada no laudo cadavérico e na certidão de óbito. “No laudo do Instituto Médico Legal consta apenas que ele morreu de politraumatismo craniano, enquanto no hospital informaram à mãe de que ele havia quebrado a coluna cervical e estava com perfuração nos dois pulmões”, disse Santos.O presidente do Sindicato dos Advogados de Minas Gerais, Roberto Auad, se ofereceu para prestar assistência jurídica gratuita à família e ajuizar eventual ação de indenização contra o Estado, mas enfrenta resistência da mãe do rapaz. “Não quero estender mais meu sofrimento. Não tem milhões, bilhões nem zilhões que possam diminuir a minha dor. É verdade que Douglas me ajudava nas despesas de casa, mas se pudesse ter ele de volta, até esmola na rua eu pediria”, disse Neide. Desde o dia 28, o caso foi encaminhado à Delegacia Regional de Venda Nova. As investigações estão em fase preliminar para apontar se a morte ocorreu por acidente ou se houve crime.