As forças de segurança de Minas Gerais montaram uma nova estratégia para acompanhar a manifestação marcada para esta quarta-feira em Belo Horizonte, onde acontece o jogo entre Brasil e Uruguai pela semifinal da Copa das Confederações. O efetivo de militares será aumentado em mais de 2 mil homens. Policiais do pelotão de choque de cidades onde não há chance de acontecer protestos, serão transferidos para trabalhar na capital mineira. Além disso, 1,5 mil militares do exército estarão nas ruas para garantir a segurança.
Na última manifestação, onde 60 mil pessoas foram as ruas da capital mineira, 3.580 policiais foram empenhados na operação. Para esta quarta-feira, será usado um efetivo de 5.567 Pms, além de 1,5 mil militares do exército, que ficarão em pontos estratégicos. Os soldados das Forças Armadas irão atuar nos órgãos federais, incluindo a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nos aeroportos, estações do metrô, além de passarelas ao longo do percurso.
Algumas estratégias também serão mudadas. Desde o início dos protestos, viaturas do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran) seguiam na frente da mobilização. Porém, nesta quarta-feira, isso não vai acontecer. De acordo com Márcio Sant'Ana, a retirada se dá para proteger os militares, caso haja algum confronto, já que eles não usam equipamentos de segurança. Ao longo da Avenida Antônio Carlos, viaturas serão colocadas nos cruzamentos e vias paralelas que podem servir de fuga para o grupo de vândalos em caso de tumulto.
Panfletos informativos indicando os locais onde os torcedores deverão seguir para entrar no estádio serão distribuídos por militares. No folheto terá também informações sobre os cinco pontos de bloqueio que serão feitos ao longo da Avenida Antônio Carlos.
Escolta das seleções
A segurança será reforçada no hotel onde a seleção brasileira está concentrada para o jogo, na Avenida Cristiano Machado. Militares ficarão de prontidão no local em caso de fechamento da via. A escolta do Brasil até o estádio será feita pela Polícia Federal. Não está descartado o uso de helicóptero para o transporte dos jogadores. “Se houver a ocupação maciça das ruas, isso vai inviabilizar tudo. Essa é uma mobilização sem precedentes. O que nós podemos fazer quanto a isso? A possibilidade de intervenção tem que ser proporcional. Se tiver 20 mil pessoas na via, a PM não vai fazer nenhuma loucura. Apelamos para o bom senso e que haja respeito para aqueles que compraram os ingressos. Podem ter também manifestações em frente ao hotel, o que poderia atrapalhar o deslocamento da seleção e dos torcedores, Havendo esse impedimento, o evento fica comprometido”, afirmou.