
Em casa, os pais tentam passar para os filhos uma visão de tudo. Na escola, professores fazem o mesmo. Em algumas, educadores fazem trabalhos voltados para o tema. Na Escola da Serra, na Região Centro-Sul, os alunos de 8 e 9 anos levaram para a sala recortes de jornais e fizeram mural apontando o que querem mudar no país. Liz Camara Bronfen, de 8, levou o Estado de Minas para debater as notícias. “Tenho achado muito bom esses protestos, mas muitas pessoas avacalham as manifestações. São os vândalos. Isso é feio”, comenta a aluna Fernanda Buratto, de 8, da Escola da Serra. Seu colega João Mazochi, da mesma idade, diz que o dinheiro gasto com a Copa deveria ter sido investido em educação e saúde.
O vandalismo é condenado pelos alunos do Coração de Jesus. Rafael afirma que valem mais as palavras do que o quebra-quebra. Seu colega Diego da Cunha, de 12, apoia os protestos e quer acompanhar tudo de perto. “Gostei muito do cartaz ‘Desculpe os transtornos, estamos mudando o Brasil’. É isso que queremos, menos Copa e mais dinheiro para a saúde e educação”, defende.
Pelas escolas municipais, a sensação é parecida. Alunos do Imaco estão otimistas. “Não quero um país destruído nem que o governo cobre caro por serviços públicos, como os ônibus. Tem muita gente que está com dívida e precisa pagar um tanto de contas, por isso, não se podem aumentar as passagens dos ônibus”, disse Júlia Santos de Carvalho, de 9.
