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Estado de Minas CRUELDADE AO EXTREMO

Agressões físicas e psicológicas são práticas comuns do trio preso no Belvedere

Eles já foram reconhecidos por pelo menos 22 vítimas


postado em 01/05/2013 06:00 / atualizado em 01/05/2013 07:15

Frederico Mendes, de 27 anos, e Fernando de Oliveira, de 29, espancavam vítimas, enquanto Thiago Silva Santos, de 21, praticava violência sexual, segundo a polícia(foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A PRESS)
Frederico Mendes, de 27 anos, e Fernando de Oliveira, de 29, espancavam vítimas, enquanto Thiago Silva Santos, de 21, praticava violência sexual, segundo a polícia (foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A PRESS)


Dois casos de violência em menos de 24 horas em casas e prédios aumentaram o medo na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A prisão de assaltantes no momento em que agiam no Bairro Belvedere e um sequestro de uma dentista moradora do Bairro Vila da Serra, em Nova Lima, na Grande BH, escancaram um modo de agir cada vez mais frequente dos bandidos. São ameaças, chutes, socos, tortura, estupros e assassinatos para forçar as vítimas a entregarem dinheiro e objetos de valor. A extrema violência física e psicológica é muitas vezes agravada pelo fato de os criminosos estarem drogados. Pessoas que sofreram nas mãos dos ladrões informaram à polícia que dois deles usaram entorpecentes durante os ataques.

No fim da noite de segunda-feira, horas depois da prisão de três criminosos que entraram em duas casas no Belvedere e aterrorizaram moradores, três bandidos cercaram no mesmo bairro uma dentista que ia para casa no vizinho Vila da Serra. Foram cerca de quatro horas de terror rodando pela cidade e dentro do próprio apartamento, onde foram mantidos reféns o marido, o porteiro e uma empregada. O tormento só acabou por volta das 3h da madrugada, quando os assaltantes a deixaram com o porteiro dentro do porta-malas do próprio carro em uma estrada da Grande BH e fugiram com dinheiro, joias e aparelhos eletrônicos.

As estatísticas mostram que os números de homicídios e estupros tentados e consumados, roubos e sequestros, crimes considerados violentos, aumentaram em BH. De janeiro a março deste ano, foram mais de 7 mil ocorrências, alta de 12% sobre o mesmo período do ano passado, quando houve 6,2 mil crimes. Se comparados com a Grande BH, o aumento é ainda maior. Entre janeiro e março foram quase 12 mil crimes violentos, 16% a mais do que em 2012.

Três ladrões que atacaram no Belvedere já foram reconhecidos por 22 vítimas de oito ataques. Eles já haviam agido nos bairros Bandeirantes e Castelo (Pampulha), onde mora o jogador do Atlético Leandro Donizete, Sion e Mangabeiras (Centro-Sul), Coração Eucarístico e Camargos (Noroeste) e Grajaú (Oeste).

Apresentados pela Polícia Civil ontem, os três foram considerados extremamente violento pelo delegado chefe das investigações, Samuel Neri. Thiago Silva Santos, de 21 anos, é apontado como o homem que fez ameaças de violência sexual às mulheres. “Em uma das casas do Belvedere ele mandou a vítima tirar a roupa e abraçá-lo, o que motivou autuação em flagrante por estupro consumado”, informou o delegado.

Já Fernando de Oliveira, de 29, e Frederico Mendes, de 27, são acusados de agressões físicas, como chutes, socos, coronhadas e até uso de alicate, como fizeram para torturar o professor de inglês norte-americano que foi vítima do bando quando chegava em casa no Belvedere na segunda-feira. As investigações indicam que os três assaltantes se conheceram na prisão, durante cumprimento de pena por roubo. “Além de violentos, eles são muito ousados. Em um dos roubos chegaram a ordenar que as vítimas fizessem um café para eles. Em outra, no Sion, entraram em um prédio e picharam as paredes desafiando a PM”, afirmou o chefe das investigações.

Uma comerciante de 47 anos, vítima da quadrilha no Bandeirantes, contou que apanhou muito dos bandidos que reconheceu. Foram coronhadas e roleta-russa para intimidá-la. Os bandidos chegaram a urinar na cama na frente dela e da filha, que sofreu tentativa de estupro.

Dicas para evitar ação de ladrões

1 - Ao chegar em casa de carro fique atento à movimentação no entorno. Se notar algum carro diferente ou atitude suspeita, dê mais uma volta no quarteirão. Caso a situação persista, chame a polícia.

2  - Ao sair, observe o que acontece na rua. Não saia se houver qualquer movimentação incomum.

3  - Se morar em apartamento, procure sempre olhar no olho mágico quando alguém tocar campainha.

4  - Discuta a segurança nas reuniões de condomínio. A criação de uma senha entre os moradores para casos de invasão de bandidos pode evitar que um morador abra a porta para outro em situações suspeitas.


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