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Estado de Minas

Alta gastronomia é servida no Restaurante Popular I


postado em 17/01/2013 06:00 / atualizado em 17/01/2013 07:04

Os chefs Juliana Scucato, Beto Haddad e Bruno Albergaria, com a aposentada Geraldina Salgado: tempero requintado a R$ 2(foto: Beto Novaes/EM/D.A. Press)
Os chefs Juliana Scucato, Beto Haddad e Bruno Albergaria, com a aposentada Geraldina Salgado: tempero requintado a R$ 2 (foto: Beto Novaes/EM/D.A. Press)


Temperos asiáticos entraram no cardápio das refeições servidas ontem no Restaurante Popular do Centro de Belo Horizonte. A tradicional polenta ganhou o sabor picante do curry e as coxas de frango assadas foram servidas com molho xadrez à base de shoyu, gengibre e amendoim. O arroz doce teve um toque diferente de concentrado de manga, servido por cima da sobremesa. As receitas foram assinadas por chefs de famosos estabelecimentos da capital, que ontem se juntaram aos funcionários do bandejão e colocaram a mão na massa para o preparo dos cerca de 4 mil pratos servidos. O cardápio foi aprovado pelos clientes, a maioria gente simples, que teve a oportunidade de consumir a R$ 2 refeições preparadas por profissionais que assinam pratos pelo menos 20 vezes mais caros na Região Centro-Sul de BH.

A iniciativa é parte da 7ª edição do Festival Verão Arte Contemporânea (VAC), que privilegia eventos de gastronomia, moda, dança, literatura, teatro, cinema, dança, arquitetura e artes visuais. A edição de ontem abriu o experimento, com previsão para ocorrer ainda no dia 30 e em 22 de fevereiro.

Para os três profissionais voluntários, as grandes porções, imensas panelas e a multidão no horário do almoço fugiram à rotina de suas cozinhas, com clientela bem menor, servida a la carte. “A experiência é muito desafiadora, porque, apesar de já ter cozinhado em eventos para cerca de 2.500 pessoas, trabalho no dia a dia com pratos individuais ou no máximo para duas pessoas”, contou o chef de cozinha Beto Haddad, à frente do restaurante de culinária asiática Bangkok, no Bairro de Lourdes.

Acertar o açúcar do doce também foi um aprendizado a mais para a chef de cozinha Juliana Scucato, dona da Easy Ice, no Bairro Funcionários. “Fazer 4 mil sobremesas é bem diferente de preparar três ou quatro litros de sorvete”, afirmou Juliana.

A logística dos funcionários do restaurante popular também chamou a atenção dos chefs. “É interessante vir a uma cozinha industrial. Aqui, apesar de tanta comida para ser preparada, não há tumulto. Os funcionários trabalham em sintonia”, destacou o chef Bruno Albergaria, que comanda o restaurante OAK, no Bairro de Lourdes.

Harmonia que resultou na refeição que tanto agradou a aposentada Geraldina Alves Salgado, de 83 anos, que sempre almoça no bandejão. Ontem, ela achou a comida ainda mais saborosa. “Está com um gostinho diferente”, disse ela, ansiosa para provar o arroz-doce.


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