Será ouvido na terça-feira o estudante de direito Wellington Rodrigues Tavares, de 29 anos, autuado em flagrante pela morte da mulher, a médica Cristiani Moreira, de 41, na semana passada.
Segundo a Polícia Civil, o delegado Luciano Guimarães, responsável pelas investigações, não informou o horário e nem o local onde será feito o depoimento. Welington deixou o Hospital Municipal de Contagem na última quinta-feira, onde estava internado sob escolta policial. Ele foi levado para o Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) da cidade. Vizinhos do casal já foram ouvidos.
O caso
A polícia foi acionada às 17h18 do dia 21, domingo. Duas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já estavam no endereço, que fica na Rua Andrômeda, quando os militares chegaram.
Segundo a Polícia Civil, o filho da vítima, de 12 anos, flagrou o padrasto agredindo a mãe dele. O menino tentou defender a mulher, mas foi atingido por uma facada no braço. Ele correu e se escondeu com um amigo em um dos quartos.
Ao ouvir um grito, ele saiu e encontrou Cristiani sentada no chão, com um corte profundo no pescoço. O padrasto, que havia cortado os pulsos, teria dito ao menino que “a culpa era dele”. Assustado, ele procurou ajuda do morador de um apartamento vizinho. Wellington ainda teria tentado cravar a faca no próprio peito. Ele foi levado para o Hospital Municipal de Contagem. A médica morreu em uma ambulância do Samu.
Welington foi autuado em flagrante por homicídio qualificado. No dia 22, Luciano Guimarães esteve no hospital onde o homem estava internado, mas não interrogou o suspeito porque ele estava sob efeito de medicamentos. O corpo de Cristiane foi sepultado na última terça-feira na cidade de Ubá, Zona da Mata mineira.