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Estado de Minas

Moradores no entorno do terreno onde ficava o edifício que desabou temem as próximas chuvas

Previsão é que dezembro tenha chuva acima da média


postado em 14/09/2012 06:00 / atualizado em 14/09/2012 06:37

Escombros do prédio que foi demolido em janeiro ainda aguardam remoção (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
Escombros do prédio que foi demolido em janeiro ainda aguardam remoção (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)


A encosta onde um edifício desabou e outro foi demolido em janeiro, no Bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte, ainda oferece risco a imóveis do entorno. Para evitar novos acidentes, a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura da capital autorizou a contratação de uma empresa para executar serviços de estabilização do declive, situado entre a Rua Laura Soares Carneiro e a Avenida Protásio de Oliveira Penna. O trabalho deve ser realizado até março de 2013, segundo o despacho publicado ontem no Diário Oficial do Município (DOM). O prazo para conclusão das obras, orçadas em R$ 4,1 milhões, é de 180 dias. A contratação da empresa Novus Engenharia dispensará o processo de licitação. A decisão da secretaria cumpre determinação judicial expedida no mês passado pela 4ª Vara da Fazenda Pública Municipal, a partir de ação impetrada pela Associação de Moradores do Bairro Buritis.

O marinheiro aposentado Luiz Marques, de 53 anos, mora com a mulher, a sogra, um filho e a cunhada em uma casa diante da encosta, na Avenida Protásio de Oliveira Penna. Apesar das barreiras de contenção já feitas na base do declive, a família sempre ficou apreensiva com a visão dos escombros que ainda permanecem no terreno. “Se houver deslizamento, a terra vai passar por cima da gente”, teme Luiz. Ele espera que as obras de estabilização diminuam o risco de acidentes no período de chuvas.

Procurada pelo Estado de Minas, a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura não quis comentar o assunto. Nenhum representante da Associação de Moradores do Bairro Buritis foi encontrado para se pronunciar.

O Edifício Vale dos Buritis, de três andares, já estava desocupado quando desabou, em 10 de janeiro. No dia 13 do mesmo mês, a prefeitura iniciou a demolição do prédio vizinho, o Art de Vivre I. Um laudo pericial judicial divulgado em maio indicou que o Vale dos Buritis não deveria ter sido erguido da maneira como foi no terreno, que tem 33% de inclinação. O laudo ressaltou a má qualidade do solo e o processo deficiente de drenagem.


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