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Estado de Minas

Governo tenta mudar realidade dos índios Maxacali em Minas Gerais

Esforços envolvem diversos órgãos públicos, sob coordenação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social


postado em 13/06/2012 13:40

Falta de energia e de água tratada, violência, condições precárias de alimentação e até alcoolismo são alguns problemas enfrentados pelos Maxacali, símbolo de resistência indígena em Minas Gerais. Desde 2010, o Comitê Gestor de Ações Integradas para a Promoção e Defesa dos Direitos Humanos do Povo Maxacali, criado pelo governo de Minas, desenvolve ações para mudar esta realidade.

Os índios Maxacali, com população de cerca de 1.700 pessoas, vivem em uma área de 5.293 hectares distribuídas nas regiões Norte, Jequitinhonha e Mucuri de Minas Gerais, nos municípios de Santa Helena de Minas, Bertópolis, Ladainha e Teófilo Otoni. Graças ao trabalho do Comitê, a Cemig já levou energia elétrica para as aldeais de Córrego Água Boa, Maria Diva, Gilmar e Bueno Pinheiro, localizadas em Santa Helena de Minas. Escolas indígenas do munícipio de Bertópolis devem ser beneficiadas pela ação até julho deste ano. Apesar das dificuldades, preservam a língua tradicional e vivem da produção de pequenas roças de subsistência e artesanato, vendidos ou trocados por outros alimentos, nas feiras das cidades vizinhas.

O comitê

Várias secretarias, órgãos de governo, prefeituras e conselhos fazem parte do comitê, que é coordenado pela Secretaria de Estado De Desenvolvimento Social (Sedese), por meio da Coordenadoria Especial de Políticas Pró-Igualdade Racial. O principal objetivo é articular e promover ações de efetivação dos direitos do povo tradicional indígena Maxacali de Minas Gerais.

Para elaborar e planejar as ações, o comitê realiza, mensalmente, reuniões itinerantes nas próprias aldeias. Segundo Clever Machado, a ideia é possibilitar mais interação e proximidade dos membros do comitê junto ao povo Maxacali, e incentivar a criação dos comitês locais. “Em um primeiro momento, é uma oportunidade para o Estado ir às aldeias e conhecer a realidade dos Maxacali. Em um segundo momento, buscamos incentivar a criação dos comitês locais, o que vai possibilitar aos índios apresentar e discutir suas demandas no âmbito municipal e, posteriormente, estadual, o que garante a gestão democrática”, ressalta.

O procurador da República do Município de Governador Valadares, Bruno Magalhães, ressalta a importância do comitê na elaboração de ações efetivas. “O comitê é importante, pois coloca no mesmo fórum de discussões todos os órgãos envolvidos na causa dos Maxacali. Com isso, podemos conhecer de perto as reais necessidades da comunidade e desenvolver as ações de forma efetiva. Os encontros promovidos pelo comitê podem até resolver, na hora, alguns problemas vistos nas comunidades”, destacou.

Fazem parte do comitê as Secretarias de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese); de Saúde; de Esportes e Juventude; de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas; de Educação; o Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene); a Comissão de Participação Popular da Almg; as prefeituras de Teófilo Otoni; de Santa Helena de Minas; de Bertópolis; a de Ladainha e o Ministério Público Federal. Além destes órgãos, integram o comitê o Conselho Estadual de Segurança Alimentar; o Conselho dos Povos Indígenas (Copimig); Instituto Dom Luciano Mendes; Instituto Nenuca de Desenvolvimento Sustentável (Insea); Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva (Cedefes).

(Com Agência Minas)


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